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Covid-19: Há 3 dias acima de 100, média móvel atinge marca de 5 de setembro

15.jul.2021 -  Atendimento de pacientes na UTI Covid do Hospital de Campanha AME Barradas, em Heliópolis, na zona sul de São Paulo - Mister Shadow/Estadão Conteúdo
15.jul.2021 - Atendimento de pacientes na UTI Covid do Hospital de Campanha AME Barradas, em Heliópolis, na zona sul de São Paulo Imagem: Mister Shadow/Estadão Conteúdo
Isabella Cavalcante, Ricardo Espina e Hygino Vasconcellos

Do UOL e Colaboração para o UOL, em São Paulo e em Balneário Camboriú (SC)

07/12/2022 18h31Atualizada em 07/12/2022 20h26

Nas últimas 24 horas, a média móvel de mortes no Brasil pela covid-19 foi de 112 —marca que não era registrada desde 5 de setembro deste ano. Este é o terceiro dia seguido que a média fica acima de 100, mostra o levantamento de dados do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

A média móvel é calculada a partir da média de ocorrências dos últimos sete dias. O indicador é considerado por especialistas como a forma mais eficaz de medir a evolução da doença.

Há 17 dias em alta, a média móvel de mortes registra variação de 53% em comparação há 14 dias.

Quatro regiões do país acompanham a tendência nacional de alta na média móvel de mortes: Centro-Oeste (25%), Nordeste (114%), Sudeste (41%) e Sul (80%). Já o Norte tem estabilidade de 0%.

De ontem para hoje, o país teve 170 mortes causadas pela doença. Desde o início da pandemia, foram 690.635 vidas perdidas.

Além disso, nas últimas 24 horas foram 47.359 novos casos conhecidos de covid-19, com essa média móvel indo a 32.128. Esse é o maior patamar em mais de quatro meses, quando em 3 de agosto ficou em 31.466.

O indicador está há 27 dias em alta e hoje apresenta variação de 63% na comparação com 14 dias.

Desde o início da pandemia, são 35.529.611 diagnósticos confirmados no país.

Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: alta (280%)
  • Minas Gerais: alta (86%)
  • Rio de Janeiro: alta (21%)
  • São Paulo: alta (34%)

Região Norte

  • Acre: estabilidade (0%)
  • Amazonas: queda (-43%)
  • Amapá: queda (-100%)
  • Pará: estabilidade (-8%)
  • Rondônia: alta (500%)
  • Roraima: estabilidade (0%)
  • Tocantins: estabilidade (0%)

Região Nordeste

  • Alagoas: alta (300%)
  • Bahia: alta (237%)
  • Ceará: estabilidade (50%)
  • Maranhão: queda (-25%)
  • Paraíba: alta (77%)
  • Pernambuco: queda (-27%)
  • Piauí: alta (150%)
  • Rio Grande do Norte: alta (600%)
  • Sergipe: alta (1200%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-100%)
  • Goiás: queda (-28%)
  • Mato Grosso: alta (233%)
  • Mato Grosso do Sul: não atualizou os dados hoje

Região Sul

  • Paraná: alta (41%)
  • Rio Grande do Sul: alta (119%)
  • Santa Catarina: alta (130%)

Dados do Ministério

O Ministério da Saúde informou hoje (7) que o Brasil contabilizou 168 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, a doença causou 690.577 óbitos em todo o território nacional.

Pelos dados do ministério, houve 45.682 diagnósticos positivos para a covid-19 no Brasil entre ontem e hoje. O total de infectados chegou a 35.497.781 desde março de 2020.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.