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Covid: Média de mortes fica em 171 e atinge maior marca em mais de 4 meses

Brasil já registrou mais de 693 mil mortes causadas pela covid-19 - Fernando Bizerra/EFE
Brasil já registrou mais de 693 mil mortes causadas pela covid-19 Imagem: Fernando Bizerra/EFE

Ricardo Espina e Hygino Vasconcellos

Colaboração para o UOL, em São Paulo e em Florianópolis

28/12/2022 18h15

O Brasil registrou hoje uma média móvel de 171 mortes pela covid-19 e atingiu o maior patamar em 132 dias. A marca de hoje só fica atrás do registrado em 18 de agosto deste ano, quando o indicador ficou em 179. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

Calculada a partir dos números registrados nos últimos sete dias, a média móvel é considerada por especialistas a forma mais eficaz de medir a evolução da doença.

  • Há 38 dias, a média móvel de mortes está em alta no país;
  • Hoje, a variação é de 34% em comparação com 14 dias atrás;
  • Duas regiões do país acompanham a tendência nacional de alta na média móvel de mortes: Norte (108%) e Sudeste (66%);
  • Outras três regiões apresentam estabilidade: Centro-Oeste (-9%), Nordeste (-2%), Sul (13%).

Nas últimas 24 horas, houve 337 óbitos. Desde o início da pandemia, a doença provocou 693.604 mortes.

Os estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rondônia e Tocantins não atualizaram os dados. Acre, Amapá, Distrito Federal, Maranhão, Roraima, Sergipe e São Paulo não registraram mortes.
O país também registrou, nas últimas 24 horas, 37.104 novos casos da doença. A média móvel de testes positivos ficou em 34.016 e apresenta estabilidade pelo terceiro dia seguido, com variação de -9% em relação há 14 dias. Desde o início da pandemia foram registrados 36.275.146 testes positivos para a doença.

Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: estabilidade (-15%)
  • Minas Gerais: estabilidade (13%)
  • Rio de Janeiro: alta (186%)
  • São Paulo: estabilidade (-3%)

Região Norte

  • Acre: alta (43%)
  • Amazonas: alta (54%)
  • Amapá: estabilidade (0%)
  • Pará: alta (59%)
  • Rondônia: não atualizou os dados hoje
  • Roraima: queda (-100%)
  • Tocantins: não atualizou os dados hoje

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-18%)
  • Bahia: estabilidade (-5%)
  • Ceará: estabilidade (7%)
  • Maranhão: queda (-40%)
  • Paraíba: alta (43%)
  • Pernambuco: estabilidade (-15%)
  • Piauí: não atualizou os dados hoje
  • Rio Grande do Norte: alta (32%)
  • Sergipe: queda (-85%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-100%)
  • Goiás: não atualizou os dados hoje
  • Mato Grosso: estabilidade (9%)
  • Mato Grosso do Sul: não atualizou os dados hoje

Região Sul

  • Paraná: estabilidade (-15%)
  • Rio Grande do Sul: alta (22%)
  • Santa Catarina: queda (-18%)

Dados do governo

Em boletim divulgado hoje (28), o Ministério da Saúde informou que o Brasil contabilizou 363 novas mortes provocadas pela covid-19. A doença causou 693.562 óbitos em todo o país desde o começo da pandemia.

Pelos números do ministério, houve 38.434 casos confirmados de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje. O total de infectados chegou a 36.264.721 desde março de 2020.

De acordo com o governo federal, houve 34.891.300 casos recuperados da doença até aqui, com outros 679.859 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.