Acusado de estupro coletivo indiano pede que julgamento seja transferido da capital
NOVA DELHI, 19 Jan 2013 (AFP) - Um dos seis acusados do estupro coletivo fatal de uma estudante de 23 anos em um ônibus em Nova Déli pediu, neste sábado, que a Suprema Corte transfira o julgamento da capital, argumentando que uma audiência justa não seria possível.
Os ânimos ainda estão exaltados na Índia após o ataque brutal, em meados de dezembro, que gerou violentos protestos de rua sobre a falta de segurança para as mulheres e pedidos de leis mais severas para combater os estupros.
"Os sentimentos chegaram a cada casa de Déli e até os oficiais de justiça não foram poupados", disse a petição entregue pelo advogado M. L.Sharma, que defende Mukesh Singh.
"Nessas circunstâncias, não pode haver justiça em Déli", disse a petição.
Contudo, os advogados dizem que o pedido não pretende atrapalhar a abertura, marcada para segunda-feira, do julgamento, em que o Ministério Público planeja pedir pena de morte aos acusados.
Cinco homens, com entre 19 e 35 anos, acusados de assassinato, estupro, roubo, sequestro, entre outros crimes, serão julgados. A acusação contra o sexto suspeito, que diz ter 17 anos, será acompanhada por um tribunal juvenil se sua idade for confirmada.
No começo da semana, um magistrado indiano ordenou que o julgamento fosse realizado em uma corte especial, mais rápida, para evitar a lentidão do sistema judicial da Índia.