Confrontos no Mali matam 13 soldados do Chade e 65 islamitas

De Ifoghas

Violentos combates entre o exército chadiano e islamitas no maciço dos Ifoghas (norte do Mali) deixaram 65 mortos entre os islamitas e 13 entre soldados chadianos, anunciou nesta sexta-feira o Estado do Chade.

"O exército chadiano destruiu cinco veículos e matou 65 islamitas, e lamenta a morte de 13 soldados em combate", assim como cinco feridos, informou o Estado-maior em um comunicado.

Por outro lado, ao menos cinco pessoas, incluindo dois suicidas, morreram em um atentado com carro-bomba cometido nesta sexta-feira pela manhã contra rebeldes tuaregues e civis no Inhalil, perto de Tessalit (nordeste de Mali), segundo fontes de segurança e rebeldes tuaregues.

"Em Inhalil nesta sexta-feira pela manhã, por volta das 06H00 locais (03H00 no horário de Brasília), dois carros de suicidas explodiram contra civis e combatentes do Movimento Nacional de Libertação de Azawad (MNLA, rebelião tuaregue). Houve três mortos e vários feridos nas fileiras do MNLA e entre os civis", segundo uma fonte de segurança malinense.

Outra fonte de segurança regional e um responsável do MNLA em Uagadugú, Mohamed Ibrahim Ag Asaleh, confirmaram esta informação.

"Dois carros-bomba explodiram em uma base do MNLA às 05H30 locais (02H30 horário do Brasil) em Inhalil, próximo de Tessalit, na fronteira argelina", declarou Asaleh à AFP. "Os dois suicidas morreram e em nossas fileiras há três mortos e quatro feridos graves", acrescentou.

Segundo ele, "três veículos também foram incendiados pela onda das explosões".

O responsável do MNLA acusou a grupo islamita Movimento pela Unidade e a Jihad na África Ocidental (MUJAO) de estar por trás do atentado.

"É o MUJAO que ameaça há tempo atacar por todas as partes o MNLA", afirmou.

"Os terroristas sempre afirmaram que combateriam as forças francesas e seus aliados, que é o que acredito que aconteceu", declarou a fonte de segurança malinense contactada no norte do país desde Bamaco.

Na quinta-feira, o exército francês, ao ser perguntado sobre uma possível colaboração com os rebeldes tuaregues do MNLA presentes na região de Kidal e Tessalit, declarou "coordenar-se" com "os grupos que têm os mesmos objetivos".

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