Conservadores no Irã pedem que seja escolhido um candidato único
TEER¥, 12 Jun 2013 (AFP) - Conservadores iranianos multiplicaram seus apelos pela desistência dos candidatos desta ala em favor de um único nome, no último dia de campanha para as eleições presidenciais de sexta-feira para obstruir assim o caminho de Hassan Rohani, candidato único dos reformistas e moderados.
O Guia Supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, também reiterou seu apelo a uma participação maciça para "desencorajar os inimigos" da República Islâmica.
O período de campanha termina oficialmente na manhã de quinta-feira e a votação terá início sexta-feira às 8h00 (00h30 no horário de Brasília) para os cerca de 50,5 milhões de eleitores.
Moderados e reformistas se uniram para apoiar a candidatura de Hassan Rohani, após a retirada na terça-feira do reformista Mohammad Reza Aref.
O apelo dos ex-presidentes Akbar Hashemi Rafsanjani (moderado) e Mohammad Khatami (reformista) em seu favor aumentaram suas chances de eleição. Alguns conservadores já consideram a possibilidade de um segundo turno com Rohani.
"Peço a todos, especialmente aos reformadores e (...) todos aqueles que querem a grandeza de nossa nação para votar em Rohani", declarou Khatami em uma mensagem.
Rafsanjani, um dos pilares do regime que foi excluído da corrida presidencial, disse por sua vez que o considerava "o mais qualificado para liderar o Executivo".
Na ausência de grandes comícios públicos, proibidos pelas autoridades, os reformistas mobilizaram seus partidários por SMS pedindo votos para Rohani.
Entretanto, esta unidade pode ser apenas uma fachada, segundo o analista conservador Mehdi Fazayeli. A maneira como Aref anunciou a sua retirada - sem menção a Rohani e nenhum apelo ao voto - mostra que "há uma lacuna entre Aref e uma grande parte dos reformadores", assegura.
Rohani, um religioso de 64 anos, foi sob a presidência de Khatami secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional. Desta forma, foi responsável pelas negociações nucleares entre o Irã e os três países europeus (França, Grã-Bretanha e Alemanha) para resolver a crise nuclear entre 2003 e 2005.
Entre os conservadores o esforço é para que os quatro candidatos desta tendência desistam da corrida presidencial em favor daquele com maiores chances. Saeed Jalili e Mohammad Bagher Ghalibaf são os mais cotados, segundo a imprensa. Jalili, que é apoiado pelo setor linha-dura do regime, defende a "resistência" contra as grandes potências.
Ghalibaf à frente de acordo com pesquisa
"Esperamos que os candidatos conservadores escolham apenas um entre eles", escreveu Hossein Shariatmadari, diretor do jornal ultra-conservador Kayhan.
De acordo com relatos da imprensa, os apelos seriam particularmente dirigidos ao ex-chefe da diplomacia Ali Akbar Velayati.
Mohammad Bagher Ghalibaf, Ali Jalili e Ali Akbar Velayati realizam nesta tarde a última reunião de campanha em Teerã. Nos bastidores, as negociações estavam em andamento para convencer um deles a abandonar a corrida.
"As consultas são realizadas por líderes conservadores", indicou Habibollah Asgharolladi, secretário-geral da Frente dos partidários da linha do imã e do guia, que reúne vários grupos políticos.
De acordo com uma das poucas pesquisas realizadas e publicadas pela agência de notícias Mehr, com 10.000 intenções de voto, Ghalibaf lidera a corrida presidencial com 17,8%, à frente de Rohani (14,6%), seguido por Jalili (9,8%). Há 30% de indecisos, enquanto que a participação deve chegar a 77%.
O aiatolá Khamenei reiterou seu pedido para que os iranianos votem em massa. Isto "irá desencorajar os inimigos que querem reduzir a pressão (das sanções) e escolher um outro caminho", disse, referindo-se à série de sanções internacionais impostas ao Irã por causa de seu programa nuclear.
O presidente é a segunda pessoa mais importante no país, de acordo com a Constituição, mas as questões estratégicas, como a nuclear, estão sob a autoridade direta do guia.
Quatro anos atrás, a esperança de uma vitória dos reformadores tinha sido atenuada pela reeleição de Ahmadinejad. Os dois candidatos derrotados, Mir Hossein Mousavi e Mehdi Karroubi, denunciaram fraudes generalizadas e apelaram aos seus partidários para manifestarem. O protesto foi duramente reprimido e os dois dirigentes reformistas estão sob prisão domiciliar desde 2011.
O Guia Supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, também reiterou seu apelo a uma participação maciça para "desencorajar os inimigos" da República Islâmica.
O período de campanha termina oficialmente na manhã de quinta-feira e a votação terá início sexta-feira às 8h00 (00h30 no horário de Brasília) para os cerca de 50,5 milhões de eleitores.
Moderados e reformistas se uniram para apoiar a candidatura de Hassan Rohani, após a retirada na terça-feira do reformista Mohammad Reza Aref.
O apelo dos ex-presidentes Akbar Hashemi Rafsanjani (moderado) e Mohammad Khatami (reformista) em seu favor aumentaram suas chances de eleição. Alguns conservadores já consideram a possibilidade de um segundo turno com Rohani.
"Peço a todos, especialmente aos reformadores e (...) todos aqueles que querem a grandeza de nossa nação para votar em Rohani", declarou Khatami em uma mensagem.
Rafsanjani, um dos pilares do regime que foi excluído da corrida presidencial, disse por sua vez que o considerava "o mais qualificado para liderar o Executivo".
Na ausência de grandes comícios públicos, proibidos pelas autoridades, os reformistas mobilizaram seus partidários por SMS pedindo votos para Rohani.
Entretanto, esta unidade pode ser apenas uma fachada, segundo o analista conservador Mehdi Fazayeli. A maneira como Aref anunciou a sua retirada - sem menção a Rohani e nenhum apelo ao voto - mostra que "há uma lacuna entre Aref e uma grande parte dos reformadores", assegura.
Rohani, um religioso de 64 anos, foi sob a presidência de Khatami secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional. Desta forma, foi responsável pelas negociações nucleares entre o Irã e os três países europeus (França, Grã-Bretanha e Alemanha) para resolver a crise nuclear entre 2003 e 2005.
Entre os conservadores o esforço é para que os quatro candidatos desta tendência desistam da corrida presidencial em favor daquele com maiores chances. Saeed Jalili e Mohammad Bagher Ghalibaf são os mais cotados, segundo a imprensa. Jalili, que é apoiado pelo setor linha-dura do regime, defende a "resistência" contra as grandes potências.
Ghalibaf à frente de acordo com pesquisa
"Esperamos que os candidatos conservadores escolham apenas um entre eles", escreveu Hossein Shariatmadari, diretor do jornal ultra-conservador Kayhan.
De acordo com relatos da imprensa, os apelos seriam particularmente dirigidos ao ex-chefe da diplomacia Ali Akbar Velayati.
Mohammad Bagher Ghalibaf, Ali Jalili e Ali Akbar Velayati realizam nesta tarde a última reunião de campanha em Teerã. Nos bastidores, as negociações estavam em andamento para convencer um deles a abandonar a corrida.
"As consultas são realizadas por líderes conservadores", indicou Habibollah Asgharolladi, secretário-geral da Frente dos partidários da linha do imã e do guia, que reúne vários grupos políticos.
De acordo com uma das poucas pesquisas realizadas e publicadas pela agência de notícias Mehr, com 10.000 intenções de voto, Ghalibaf lidera a corrida presidencial com 17,8%, à frente de Rohani (14,6%), seguido por Jalili (9,8%). Há 30% de indecisos, enquanto que a participação deve chegar a 77%.
O aiatolá Khamenei reiterou seu pedido para que os iranianos votem em massa. Isto "irá desencorajar os inimigos que querem reduzir a pressão (das sanções) e escolher um outro caminho", disse, referindo-se à série de sanções internacionais impostas ao Irã por causa de seu programa nuclear.
O presidente é a segunda pessoa mais importante no país, de acordo com a Constituição, mas as questões estratégicas, como a nuclear, estão sob a autoridade direta do guia.
Quatro anos atrás, a esperança de uma vitória dos reformadores tinha sido atenuada pela reeleição de Ahmadinejad. Os dois candidatos derrotados, Mir Hossein Mousavi e Mehdi Karroubi, denunciaram fraudes generalizadas e apelaram aos seus partidários para manifestarem. O protesto foi duramente reprimido e os dois dirigentes reformistas estão sob prisão domiciliar desde 2011.
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