Ex-secretária de Estado americano diz ter sido espionada pela França
A ex-secretária de Estado americana Madeleine Albright disse nesta quinta-feira (23) que, quando estava no governo, suas comunicações foram ouvidas pela França, ao minimizar as preocupações de vários países com a espionagem praticada pelos Estados Unidos.
"Isso não é uma surpresa, os países espionam uns aos outros", declarou Albright no Centro de Análise para o Progresso Americano, em Washington.
Albright, que foi embaixadora nas Nações Unidas de 1993 a 1997, antes de ser nomeada para liderar a diplomacia americana, indicou que soube em primeira mão dos casos de vigilância de que autoridades americanas eram alvo na ONU.
Alvos de espionagem
Telefonemas, e-mails e IPs de computadores de Dilma e seus assessores | |
Rede privada de computadores da Petrobras | |
Telefonemas e e-mails do Ministério de Minas e Energia |
"Lembro-me claramente quando eu estava nas Nações Unidas. O embaixador francês se aproximou de mim e perguntou: Por que você disse isso para tal pessoa, sobre o por que você quer mulheres no governo?", relatou Albright.
"Então respondi, 'desculpe-me?' Eles interceptaram uma de minhas conversas", disse Albright, sem fornecer mais detalhes.
Brasil, México, França e Alemanha expressaram seu descontentamento nos últimos dias com as revelações de espionagem por parte dos serviços de inteligência americanos.
A chanceler alemã, Angela Merkel, que pode ter tido seu celular grampeado pela Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos, ressaltou nesta quinta-feira que "amigos não se espionam".
Albright ressaltou que as revelações vazadas pelo ex-consultor da NSA Edward Snowden têm sido "muito prejudiciais" para os Estados Unidos.
"Exaltar Snowden é um erro. Acredito que o que ele fez é um ato criminoso e que nos causou um grande dano", acrescentou.
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