Governo britânico teria alterado dados sobre Jean Charles na Wikipedia
LONDRES, 07 Ago 2014 (AFP) - As informações na Wikipedia sobre Jean Charles de Menezes, o eletricista brasileiro morto pela polícia britânica ao ser confundido com um terrorista em 22 de julho de 2005, em Londres, foram alteradas a partir de um computador do governo britânico.
Um porta-voz da campanha "Justiça para Jean" afirmou nesta quinta-feira que uma seção que criticava a Comissão Independente de Denúncias sobre a polícia, que cuida dos esclarecimentos dos abusos policiais cometidos e que investigou a morte de Jean Charles, desapareceu da página por obra de um editor anônimo que fez as mudanças a partir de um computador do governo britânico.
"O governo leva muito a sério estes casos", afirmou um porta-voz do Executivo ao Channel 4 em resposta às acusações.
"Recentemente recordamos aos funcionários suas responsabilidades sob o Código do Serviço Civil e nos ocuparemos de qualquer infração do código".
Segundo a imprensa britânica, em 2006 e 2008 a página já sofreu mudanças a partir de computadores de funcionários que menosprezavam a figura do brasileiro de 27 anos, assegurando, respectivamente, que havia consumido drogas ou que sua situação no país era irregular, todas informações falsas.
Duas semanas depois dos atentados de 7 de julho de 2005 contra o transporte público londrino, que deixaram 52 mortos e mais de 700 feridos outros extremistas tentaram repetir a matança, o que levou à morte por engano de Jean Charles, quando ele entrava no metrô e foi confundido pela polícia com um dos autores do atentado fracassado.
Um porta-voz da campanha "Justiça para Jean" afirmou nesta quinta-feira que uma seção que criticava a Comissão Independente de Denúncias sobre a polícia, que cuida dos esclarecimentos dos abusos policiais cometidos e que investigou a morte de Jean Charles, desapareceu da página por obra de um editor anônimo que fez as mudanças a partir de um computador do governo britânico.
"O governo leva muito a sério estes casos", afirmou um porta-voz do Executivo ao Channel 4 em resposta às acusações.
"Recentemente recordamos aos funcionários suas responsabilidades sob o Código do Serviço Civil e nos ocuparemos de qualquer infração do código".
Segundo a imprensa britânica, em 2006 e 2008 a página já sofreu mudanças a partir de computadores de funcionários que menosprezavam a figura do brasileiro de 27 anos, assegurando, respectivamente, que havia consumido drogas ou que sua situação no país era irregular, todas informações falsas.
Duas semanas depois dos atentados de 7 de julho de 2005 contra o transporte público londrino, que deixaram 52 mortos e mais de 700 feridos outros extremistas tentaram repetir a matança, o que levou à morte por engano de Jean Charles, quando ele entrava no metrô e foi confundido pela polícia com um dos autores do atentado fracassado.
Receba notícias do UOL. É grátis!
Veja também
- Segurança do STF diz que homem deitou no chão e aguardou explosão de bomba
- Homem se deitou, colocou artefato na cabeça e aguardou explosão, diz segurança do STF
- Polícia confirma identidade de homem que se explodiu e cita conteúdo político de redes sociais
- Ele era do bem, mas estava estranho, diz deputado que recebeu homem morto por explosão