Provas sobre morte de jovem negro em Baltimore são entregues ao Ministério Público
Baltimore, Estados Unidos, 30 Abr 2015 (AFP) - A polícia de Baltimore entregou nesta quinta-feira ao Ministério Público os resultados de sua investigação sobre a morte de um jovem negro após ser detido, um incidente que provocou distúrbios e manifestações que, na quarta-feira, se estenderam a outras cidades dos Estados Unidos.
O delegado de polícia de Baltimore (leste), Anthony Batts, disse a jornalistas que uma equipe de investigadores entregou o resultado de uma avaliação urgente dos eventos que cercaram a prisão de Freddie Gray, de 25 anos, em 12 de abril, e sua morte uma semana depois.
"Entendo a frustração, entendo a sensação de urgência, a organização também se sente assim, e por isso finalizamos (a compilação) um dia antes do prazo", disse Batts. A entrega de provas estava inicialmente prevista para 1º de maio.
Segundo o procedimento, cabe agora aos procuradores decidir se alguém será acusado pela morte de Gray, morto em 19 de abril por severas lesões na coluna vertebral enquanto estava sob custódia policial.
O fato desencadeou graves distúrbios em Baltimore na segunda-feira após o funeral do jovem, e na quarta-feira os protestos se estenderam a várias outras cidades da costa leste dos Estados Unidos, incluindo Nova York, Boston e a capital Washington.
Os protestos estouraram com força em Baltimore - cidade portuária com 620 mil habitantes -, mas também se espalharam para Filadélfia, a última cidade do leste a se somar aos protestos, onde 600 pessoas se reuniram para pedir justiça neste caso.
Em Nova York (leste), 143 pessoas foram detidas na noite de quarta-feira, durante a marcha convocada sob o lema "NYC se mobiliza e apoia Baltimore", segundo um novo balanço da polícia, nesta quinta-feira.
"O número final é de 143 detidos", afirmou a porta-voz do Departamento de Polícia de Nova York (NYPD), depois que outro funcionário anunciou mais de cem pessoas detidas pela manhã.
Os nova-iorquinos se reuniram durante a tarde em Union Square, no sul de Manhattan, e dali vários grupos marcharam em diferentes direções pelas ruas da cidade, seguidos por forte custódia policial, constatou a AFP.
Os manifestantes não tinham autorização para interromper o trânsito, e por isso muitos foram detidos.
No entanto, o porta-voz da polícia explicou que as razões para as detenções foram "variadas", embora "a maioria foi por alteração da ordem pública".
Baltimore mais calma
Em Baltimore, onde a prefeita Stephanie Rawlings-Blake impôs o toque de recolher desde terça-feira, a situação estava mais calma, com 18 detenções na quarta.
Rawlings-Blake indicou nesta quinta-feira que a necessidade de manter o toque de recolher será avaliada dia a dia. "Não quero mais mortes nas ruas de Baltimore devido à violência", disse.
Na segunda-feira, os distúrbios deixaram mais de 140 veículos incendiados, 20 policiais feridos, 250 suspeitos presos e centenas de lojas saqueadas na cidade.
Freddy Gray é a mais recente vítima afro-americana da violência policial após uma série de casos similares registrados nos Estados Unidos.
Em agosto de 2014, um policial branco atirou e matou um adolescente negro em San Luis, um subúrbio de Ferguson (Missouri, centro), o que provocou manifestações nas principais cidades dos Estados Unidos, de Los Angeles a Nova York, que se intensificaram depois que um grande júri se negou a indiciar a polícia.
O delegado adjunto da Polícia de Baltimore, Kevin Davis, disse que a investigação sobre a morte de Gray havia revelado novas descobertas, incluindo que o furgão policial onde o detido viajava havia feito uma parada adicional, mas não forneceu detalhes sobre as implicações deste fato.
Colocando mais lenha na fogueira que arde nas ruas de Batimore, a WJLA, uma filial da emissora ABC, citou fontes policiais variadas segundo as quais um médico legista determinou que a lesão na coluna aconteceu quando Gray caiu na parte de trás do furgão da polícia, após ser detido, quebrando o pescoço.
bur-mar/yow/ma/mvv
O delegado de polícia de Baltimore (leste), Anthony Batts, disse a jornalistas que uma equipe de investigadores entregou o resultado de uma avaliação urgente dos eventos que cercaram a prisão de Freddie Gray, de 25 anos, em 12 de abril, e sua morte uma semana depois.
"Entendo a frustração, entendo a sensação de urgência, a organização também se sente assim, e por isso finalizamos (a compilação) um dia antes do prazo", disse Batts. A entrega de provas estava inicialmente prevista para 1º de maio.
Segundo o procedimento, cabe agora aos procuradores decidir se alguém será acusado pela morte de Gray, morto em 19 de abril por severas lesões na coluna vertebral enquanto estava sob custódia policial.
O fato desencadeou graves distúrbios em Baltimore na segunda-feira após o funeral do jovem, e na quarta-feira os protestos se estenderam a várias outras cidades da costa leste dos Estados Unidos, incluindo Nova York, Boston e a capital Washington.
Os protestos estouraram com força em Baltimore - cidade portuária com 620 mil habitantes -, mas também se espalharam para Filadélfia, a última cidade do leste a se somar aos protestos, onde 600 pessoas se reuniram para pedir justiça neste caso.
Em Nova York (leste), 143 pessoas foram detidas na noite de quarta-feira, durante a marcha convocada sob o lema "NYC se mobiliza e apoia Baltimore", segundo um novo balanço da polícia, nesta quinta-feira.
"O número final é de 143 detidos", afirmou a porta-voz do Departamento de Polícia de Nova York (NYPD), depois que outro funcionário anunciou mais de cem pessoas detidas pela manhã.
Os nova-iorquinos se reuniram durante a tarde em Union Square, no sul de Manhattan, e dali vários grupos marcharam em diferentes direções pelas ruas da cidade, seguidos por forte custódia policial, constatou a AFP.
Os manifestantes não tinham autorização para interromper o trânsito, e por isso muitos foram detidos.
No entanto, o porta-voz da polícia explicou que as razões para as detenções foram "variadas", embora "a maioria foi por alteração da ordem pública".
Baltimore mais calma
Em Baltimore, onde a prefeita Stephanie Rawlings-Blake impôs o toque de recolher desde terça-feira, a situação estava mais calma, com 18 detenções na quarta.
Rawlings-Blake indicou nesta quinta-feira que a necessidade de manter o toque de recolher será avaliada dia a dia. "Não quero mais mortes nas ruas de Baltimore devido à violência", disse.
Na segunda-feira, os distúrbios deixaram mais de 140 veículos incendiados, 20 policiais feridos, 250 suspeitos presos e centenas de lojas saqueadas na cidade.
Freddy Gray é a mais recente vítima afro-americana da violência policial após uma série de casos similares registrados nos Estados Unidos.
Em agosto de 2014, um policial branco atirou e matou um adolescente negro em San Luis, um subúrbio de Ferguson (Missouri, centro), o que provocou manifestações nas principais cidades dos Estados Unidos, de Los Angeles a Nova York, que se intensificaram depois que um grande júri se negou a indiciar a polícia.
O delegado adjunto da Polícia de Baltimore, Kevin Davis, disse que a investigação sobre a morte de Gray havia revelado novas descobertas, incluindo que o furgão policial onde o detido viajava havia feito uma parada adicional, mas não forneceu detalhes sobre as implicações deste fato.
Colocando mais lenha na fogueira que arde nas ruas de Batimore, a WJLA, uma filial da emissora ABC, citou fontes policiais variadas segundo as quais um médico legista determinou que a lesão na coluna aconteceu quando Gray caiu na parte de trás do furgão da polícia, após ser detido, quebrando o pescoço.
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