Suspeita de ajudar na fuga de presos nos EUA alega inocência

Em Nova York

  • Chris Wattie/ Reuters

    Joyce Mitchell, suspeita de ajudar na fuga de presos nos EUA, é levada ao tribunal em Plattsburgh, Nova York, na sexta-feira (12)

    Joyce Mitchell, suspeita de ajudar na fuga de presos nos EUA, é levada ao tribunal em Plattsburgh, Nova York, na sexta-feira (12)

A suposta cúmplice de dois condenados por assassinato que fugiram da prisão de segurança máxima de Dannemora, em Nova York, declarou ser inocente após ser detida na sexta-feira (12).

Joyce Mitchell, uma costureira de 51 anos, foi detida e acusada de "fornecer ajuda material" aos fugitivos David Sweat e Richard Matt, que escaparam da prisão há uma semana, anunciou a polícia do estado de Nova York durante coletiva de imprensa.

Mitchell, colocada em prisão preventiva, foi acusada de "promover contrabando dentro de prisão" e facilitar o crime, ambos considerados crimes graves, indicou o major Charles Guess à imprensa.

Com as mãos molhadas e visivelmente nervosa, Mitchell compareceu sexta-feira à noite junto com seu advogado e se declarou "inocente". Ela permanecerá detida pelo menos até segunda-feira.

A funcionária teria entregue aos detidos, que eram vizinhos de cela, lâminas para cortar metal, dois pares de óculos com lanternas e brocas.

Desde o início da investigação da fuga, a funcionária, que é casada, foi citada pelos meios de comunicação americanos como potencial cúmplice de David Sweat e Richard Matt, por ter se relacionado com o primeiro deles.

Segundo a imprensa, Joyce Mitchell também planejava buscar os dois assassinos em um carro após a fuga, antes de se arrepender e se entregar em um hospital no sábado, em estado de pânico.

O Wall Street Journal revelou, por sua vez, que os responsáveis pela prisão investigaram nos últimos doze meses que tipo de relação Mitchell mantinha com David Sweat. Os dois trabalhavam juntos em uma confecção da prisão.

Buscas intensificadas

A prisão de Mitchell foi "uma grande peça de quebra-cabeça" sobre a fuga e captura dos presidiários, declarou o major Charles Guess da polícia de Nova York.

"Temos uma mensagem para David Sweat e Richard Matt. Estamos atrás de vocês e não vamos parar até detê-los", indicou.

A imprensa americana informou que o marido de Mitchell, outro funcionário da prisão, também está sendo investigado, mas não foi acusado nem está sob custódia.

Os dois assassinos fugitivos estão há uma semana foragidos, apesar das buscas que mobilizam mais de 800 agentes - 300 a mais do que inicialmente -, incluindo agentes penitenciários, guardas florestais, e outros policiais federais (FBI).

As autoridades oferecem uma recompensa de 100.000 dólares por informações que levem à prisão dos criminosos.

Os dois fugitivos são os primeiros a escapar desta prisão construída em 1845. As circunstâncias logo despertaram a suspeita de uma cumplicidade interna.

Eles escaparam depois de fazerem buracos nas paredes de suas celas e cortarem os dutos de metal com aparelhos elétricos antes de abrir um caminho através do labirinto de túneis sob a prisão e finalmente sair em um esgoto em uma rua adjacente.

David Swat, de 35 anos, cumpria uma sentença de prisão perpétua pelo assassinato de um assistente do xerife do estado de Nova York em 2002.

Richard Matt, de 49, estava cumprindo uma pena de 25 anos pelo sequestro em 1997 de seu ex-chefe, de 76 anos, que foi espancado até a morte e depois esquartejado.

Receba notícias do UOL. É grátis!

UOL Newsletter

Para começar e terminar o dia bem informado.

Quero Receber

Veja também

UOL Cursos Online

Todos os cursos