Reino Unido volta atrás e concede visto mais longo ao artista chinês Weiwei
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Jan Stuermann/EFE
A ministra do Interior britânico concedeu nesta sexta-feira (31) ao artista dissidente chinês Ai Weiwei um visto de seis meses, revertendo a decisão de limitá-lo a uma curta viagem, o que tinha incitado reprovação por parte de grupos de direita.
Segundo uma porta-voz do departamento, a ministra Theresa May "não foi consultada sobre a decisão de ceder ao senhor Ai um visto de um mês", declarou.
"Ela analisou o caso e agora instruiu funcionários do ministério de Assuntos Internos que expedissem um visto completo de seis meses. Nós entramos em contato com senhor Ai pedindo desculpas pelo inconveniente causado".
Ativistas notaram que o visto anterior teria permitido que Ai comparecesse a uma exibição de suas obras na London's Royal Academy em setembro, mas que não poderia estar presente na visita oficial do presidente chinês Xi Jinping no Reino Unido em Outubro.
Ai Weiwei é o artista e dissidente chinês contemporâneo mais conhecido mundialmente, mas as autoridades negarem seu passaporte de quatro anos em um aparente ataque para limitar sua influência internacional.
Depois de finalmente receber seu passaporte na semana passada, a Alemanha concedeu a ele um visto de 4 anos, mas o registro afirmou na quinta-feira que o Reino Unido teria negado seu pedido de um visto de seis meses e o teria limitado a um de três porque ele não havia declarado um "registro criminal". Ele afirmou que "nunca foi acusado ou condenado por nenhum crime".
O líder da base norte-americana do grupo de direitos tibetanos, Jigme Ugen, descreveu a decisão inicial como "uma forma de enfraquecer a visita de Xi Jinping a Londres".
No momento, Ai está na Alemanha, onde tem um filho de seis anos.