Militar acusado de genocídio morre na Guatemala

Cidade da Guatemala (Guatemala)

O general da reserva Héctor Mario López Fuentes, de 85 anos, acusado de genocídio ao lado do ex-ditador guatemalteco Efraín Ríos Montt, morreu no domingo (18), de causas naturais, em um hospital militar.

López Fuentes estava no Centro Médico Militar da capital do país desde 27 de junho de 2011 por problemas de saúde provocados por sua idade avançada. O militar havia sido detido nove dias antes por ordem de um juiz.

O general foi acusado pela Promotoria de Genocídio e Crimes contra a Humanidade em um caso que também afeta Ríos Montt, de 89 anos, que governou o país com mão de ferro entre 1982 e 1983, e seu ex-diretor de inteligência militar, José Rodríguez.

Segundo a acusação, durante o governo de fato de Ríos Montt foram elaborados e executados três planos militares nos quais foram assassinados 1.771 indígenas maias ixilite no departamento de Quiché, norte do país.

A acusação alega que os planos militares tinham como objetivo eliminar os indígenas no chamado triângulo Ixil por seu apoio à guerrilha da época.

Em 2012, um perito do Instituto Nacional de Ciências Forenses (Inacif) examinou López Fuentes e concluiu que ele estava limitado para enfrentar um julgamento oral e público.

Em 8 de outubro, um tribunal rejeitou o recurso da defesa de Ríos Montt, que desejava ser incluído em uma lei de anistia.

O ex-ditador, diagnosticado com demência, não será submetido a um julgamento comum por genocídio. Ele enfrentará, ausente e representado por seus advogados, um processo especial que, em caso de veredicto de culpa, não representará uma pena de prisão.

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