Ministro israelense de Meio Ambiente renuncia e classifica novo governo de 'extremista'
Jerusalém, 27 Mai 2016 (AFP) - O ministro israelense de Meio Ambiente, Avi Gabbay, anunciou sua renúncia nesta sexta-feira, alegando que a chegada do ultranacionalista Avigdor Lieberman como novo titular da Defesa havia criado um "governo extremista".
Gabbay disse que era incapaz de aceitar a decisão do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, de tirar da pasta da Defesa o general Moshe Yaalon para concedê-la a Avigdor Lieberman, que prometeu duras medidas contra os "terroristas" palestinos.
Yaalon renunciou ao seu cargo há uma semana, expressando sua falta de confiança em Netanyahu.
"Não posso aceitar a destituição de Yaalon, um ministro da Defesa profissional", disse Gabbay.
"O país tem o direito de ter um governo de direita", disse. "Mas não acredito que seja correto formar um governo extremista", acrescentou.
"Os recentes acontecimentos políticos e a mudança de ministro da Defesa são, para mim, graves eventos que ignoram o que é importante para a segurança do Estado e que causarão mais extremismo na sociedade", acrescentou.
Gabbay, do partido de centro-direita Kulanu, não é membro do Parlamento, razão pela qual sua renúncia não afeta a maioria da coalizão de direita no poder.
O acordo com Lieberman e seu partido Yisrael Beitenu acrescentará cinco deputados à até agora apertada maioria de Netanyahu se, como está previsto, a coalizão receber a aprovação do Parlamento na próxima semana.
Os Estados Unidos disseram que a nova coalizão provoca "dúvidas legítimas" sobre o compromisso do governo de Netanyahu com a solução de dois Estados no conflito com os Palestinos.
Em um comentário incomum sobre assuntos políticos de um aliado americano, o porta-voz do departamento de Estado, Mark Toner, disse na quarta-feira que Washington havia visto "relatórios provenientes de Israel descrevendo-a como a coalizão mais direitista da história de Israel".
"Também sabemos que muitos de seus ministros disseram que se opõem à solução de dois Estados", acrescentou.
Os aliados de Netanyahu e Lieberman fecharam nesta semana o acordo para que o ultranacionalista assuma o crucial ministério da Defesa após vários dias de intensas negociações.
Lieberman é uma figura detestada pelos palestinos, que consideram sua entrada no governo israelense uma "verdadeira ameaça" de instabilidade regional.
"Esse governo acarreta uma ameaça real de instabilidade e de extremismo na região", disse à AFP o número dois da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erakat.
Já o movimento islâmico Hamas, que governa a Faixa de Gaza, denunciou o retorno de Lieberman como "uma escalada no racismo e no extremismo".
Gabbay disse que era incapaz de aceitar a decisão do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, de tirar da pasta da Defesa o general Moshe Yaalon para concedê-la a Avigdor Lieberman, que prometeu duras medidas contra os "terroristas" palestinos.
Yaalon renunciou ao seu cargo há uma semana, expressando sua falta de confiança em Netanyahu.
"Não posso aceitar a destituição de Yaalon, um ministro da Defesa profissional", disse Gabbay.
"O país tem o direito de ter um governo de direita", disse. "Mas não acredito que seja correto formar um governo extremista", acrescentou.
"Os recentes acontecimentos políticos e a mudança de ministro da Defesa são, para mim, graves eventos que ignoram o que é importante para a segurança do Estado e que causarão mais extremismo na sociedade", acrescentou.
Gabbay, do partido de centro-direita Kulanu, não é membro do Parlamento, razão pela qual sua renúncia não afeta a maioria da coalizão de direita no poder.
O acordo com Lieberman e seu partido Yisrael Beitenu acrescentará cinco deputados à até agora apertada maioria de Netanyahu se, como está previsto, a coalizão receber a aprovação do Parlamento na próxima semana.
Os Estados Unidos disseram que a nova coalizão provoca "dúvidas legítimas" sobre o compromisso do governo de Netanyahu com a solução de dois Estados no conflito com os Palestinos.
Em um comentário incomum sobre assuntos políticos de um aliado americano, o porta-voz do departamento de Estado, Mark Toner, disse na quarta-feira que Washington havia visto "relatórios provenientes de Israel descrevendo-a como a coalizão mais direitista da história de Israel".
"Também sabemos que muitos de seus ministros disseram que se opõem à solução de dois Estados", acrescentou.
Os aliados de Netanyahu e Lieberman fecharam nesta semana o acordo para que o ultranacionalista assuma o crucial ministério da Defesa após vários dias de intensas negociações.
Lieberman é uma figura detestada pelos palestinos, que consideram sua entrada no governo israelense uma "verdadeira ameaça" de instabilidade regional.
"Esse governo acarreta uma ameaça real de instabilidade e de extremismo na região", disse à AFP o número dois da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erakat.
Já o movimento islâmico Hamas, que governa a Faixa de Gaza, denunciou o retorno de Lieberman como "uma escalada no racismo e no extremismo".
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