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Caso de integrante do clã Kennedy acusado de assassinato dá guinada

31/12/2016 10h00

Nova York, 31 dez 2016 (AFP) - Um integrante do clã Kennedy, condenado em 2002 por assassinato e liberado em 2013 por um juiz que considerou que havia sido mal defendido, pode retornar para a prisão, segundo uma decisão da Suprema Corte do estado de Connecticut publicada na sexta-feira.

A decisão, que segundo a imprensa americana foi tomada por quatro votos a favor e três contra a rejeição da decisão de um Tribunal inferior, representa uma guinada em um caso que atrai há décadas as atenções nos Estados Unidos.

Michael Skakel, sobrinho de Ethel Kennedy, viúva do ex-senador Robert Kennedy - irmão do trigésimo quinto presidente dos Estados Unidos - foi condenado em 2002 a uma pena mínima de 20 anos de prisão por espancar até a morte em 1975 Martha Moxley, depois de uma festa de Halloween em sua casa em Greenwich (Connecticut, nordeste).

A vítima e Michael Skakel tinham 15 anos na época.

O homem foi indiciado em 2000, quando tinha 39 anos. Diante da falta de evidências físicas ou testemunhas oculares, em 2002 sua condenação se baseou em grande parte nos testemunhos de ex-colegas de sua escola, que afirmaram que Skatel confessou a eles ser o assassino e que havia se gabado de poder escapar da justiça por fazer parte do clã Kennedy.

Sua família gastou milhões de dólares para tentar tirá-lo da prisão através de apelações.

Em novembro de 2013, um juiz considerou que o seu advogado da época, Michael Sherman, havia feito uma defesa ruim e ordenou um novo julgamento.

Um mês depois, Skakel foi liberado depois de pagar uma fiança de 1,2 milhão de dólares.

Mas a Suprema Corte de Connecticut rejeitou na sexta-feira esta decisão, ao considerar que o advogado havia feito bem o seu trabalho e que a sentença deveria ter sido mantida, de acordo com a imprensa americana.

No momento não se sabe se Skakel poderá recorrer dessa decisão ou se deverá retornar rapidamente para a prisão.