Cristãos coptas fogem do Sinai egípcio após ataques
Ismaília, Egito, 24 Fev 2017 (AFP) - Dezenas de egípcios cristãos fugiram da península do Sinai após uma série de ataques que mataram três coptas nesta região onde atua o grupo Estado Islâmico (EI), indicaram nesta sexta-feira autoridades da Igreja.
Cerca de 250 cristãos se refugiaram na igreja evangélica da cidade de Ismailya, perto do Canal de Suez (leste), indicou à AFP o diácono e administrador da igreja, Nabil Chukrallah.
"Eles fugiram com seus filhos. Esta é uma situação muito difícil, esperamos receber mais 50 ou 60", acrescentou.
Famílias inteiras se reuniram no pátio da igreja com seus pertences e cobertores. O medo ainda se vê nos olhos de alguns.
"Começamos a ter medo das nossas próprias sombras. Estávamos com medo de ser seguidos e mortos com um tiro nas costas. Os cristãos são alvos de uma maneira atroz", diz um homem que deseja manter o anonimato.
"Algumas pessoas temem abrir a porta para sair para comprar comida", relata.
Oum Mina, mãe de cinco filhos, conta que o perigo era tal que o marido teve que parar de trabalhar. "Não é justo", afirma, explodindo em lágrimas.
O EI, que atua no Sinai, divulgou no domingo um vídeo no qual promete atacar membros da comunidade cristã.
Os coptas, que representam 10% dos 92 milhões de egípcios, já foram alvos no passado nesta região do Sinai, que vive uma insurgência jihadista, mas os ataques aumentaram desde o lançamento do vídeo.
Os coptas também se dizem vítimas de discriminação em todo o país por parte das autoridades e da maioria muçulmana.
Quinta-feira, um cristão egípcio foi morto e sua casa foi incendiada na cidade de Al-Arish, no norte da Península do Sinai, segundo autoridades da segurança, que evocaram a hipótese de um ataque jihadista.
Quarta-feira, o corpo crivado de tiros de um cristão de 60 anos e o de seu filho queimado vivo foram encontrados atrás de uma escola em Al-Arish.
Desde que o exército depôs o presidente islamita Mohamed Mursi, em 2013, o norte do Sinai é palco de ataques conduzidos por extremistas islâmicos principalmente contra policiais e militares.
Em dezembro, o EI reivindicou um ataque suicida contra uma igreja copta ortodoxa no Cairo, que matou 29 pessoas.
str-se/nbz/hj/mr
Cerca de 250 cristãos se refugiaram na igreja evangélica da cidade de Ismailya, perto do Canal de Suez (leste), indicou à AFP o diácono e administrador da igreja, Nabil Chukrallah.
"Eles fugiram com seus filhos. Esta é uma situação muito difícil, esperamos receber mais 50 ou 60", acrescentou.
Famílias inteiras se reuniram no pátio da igreja com seus pertences e cobertores. O medo ainda se vê nos olhos de alguns.
"Começamos a ter medo das nossas próprias sombras. Estávamos com medo de ser seguidos e mortos com um tiro nas costas. Os cristãos são alvos de uma maneira atroz", diz um homem que deseja manter o anonimato.
"Algumas pessoas temem abrir a porta para sair para comprar comida", relata.
Oum Mina, mãe de cinco filhos, conta que o perigo era tal que o marido teve que parar de trabalhar. "Não é justo", afirma, explodindo em lágrimas.
O EI, que atua no Sinai, divulgou no domingo um vídeo no qual promete atacar membros da comunidade cristã.
Os coptas, que representam 10% dos 92 milhões de egípcios, já foram alvos no passado nesta região do Sinai, que vive uma insurgência jihadista, mas os ataques aumentaram desde o lançamento do vídeo.
Os coptas também se dizem vítimas de discriminação em todo o país por parte das autoridades e da maioria muçulmana.
Quinta-feira, um cristão egípcio foi morto e sua casa foi incendiada na cidade de Al-Arish, no norte da Península do Sinai, segundo autoridades da segurança, que evocaram a hipótese de um ataque jihadista.
Quarta-feira, o corpo crivado de tiros de um cristão de 60 anos e o de seu filho queimado vivo foram encontrados atrás de uma escola em Al-Arish.
Desde que o exército depôs o presidente islamita Mohamed Mursi, em 2013, o norte do Sinai é palco de ataques conduzidos por extremistas islâmicos principalmente contra policiais e militares.
Em dezembro, o EI reivindicou um ataque suicida contra uma igreja copta ortodoxa no Cairo, que matou 29 pessoas.
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