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Polícia prende doze pessoas em investigação de atentado em Londres

4.jun.2017 - Policiais prendem 12 pessoas no bairro de Barking, na zona leste de Londres, suspeitas de ligação com os ataques de sábado - Furqan Nabi/AP
4.jun.2017 - Policiais prendem 12 pessoas no bairro de Barking, na zona leste de Londres, suspeitas de ligação com os ataques de sábado Imagem: Furqan Nabi/AP

Em Londres

04/06/2017 09h38

A polícia britânica anunciou neste domingo (4) a detenção de 12 pessoas na zona leste de Londres na investigação do atentado de sábado, que deixou sete mortos na capital da Inglaterra.

Agentes da unidade antiterrorista da Polícia Metropolitana realizaram a detenção de "12 pessoas no bairro de Barking, zona leste de Londres, em conexão com os incidentes da noite passada na London Bridge e na área do Borough Market", anunciou a polícia em um comunicado.

Como foi o atentado

Na noite de sábado, o ato terrorista começou quando uma van branca invadiu a calçada e atropelou os pedestres que estavam na ponte London Bridge, importante ponto turístico da capital inglesa, para, posteriormente, dirigir-se ao movimentado Borough Market, onde três homens armados com facas atacaram pedestres.

Sete pessoas foram mortas e 48 ficaram feridas. Até as 11h30 de domingo (horário de Brasília), 36 pessoas ainda estavam internadas, sendo que 21 recebiam cuidados intensivos, segundo autoridades locais. 

Até o momento, a morte de um canadense foi confirmada, de acordo com a BBC. Entre os feridos, há policiais e também quatro franceses, um espanhol e um australiano, de acordo com seus respectivos governos.

Os três criminosos foram mortos pela polícia. Neste domingo, a polícia britânica confirmou que uma pessoa foi atingida por uma bala na troca de tiros entre policiais e os três suspeitos, mas passa bem. Cerca de 50 disparos foram dados no confronto.

Em março, um ataque semelhante aconteceu na ponte de Westminster e deixou cinco mortos. Um homem invadiu a área de pedestres com uma van e ainda matou a facadas um policial em frente ao Parlamento. 

No dia 22 de maio, um atentado durante o show da cantora norte-americana Ariana Grande, em Manchester, deixou 22 mortos. Nele, um jovem britânico de origem líbia se detonou, em um episódio reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico.

Ataque em Londres deixou 7 mortos e 48 feridos

Reuters

'Basta'

Na manhã de domingo, a primeira-ministra britânica, Theresa May, disse que o país enfrenta "uma nova forma de ameaça", na qual os autores dos atentados "copiam uns aos outros" e se inspiram em "uma ideologia do mal do extremismo islâmico".

Além de aumentar a proteção dentro do país e acabar com o Estado Islâmico, May disse que é precisa alcançar acordos internacionais para aumentar a vigilância sobre a internet e serviços de mensagens, que têm servido como territórios seguros para terroristas.

O prefeito de Londres, Sadiq Khan, chamou o atentado de "bárbaro" e injustificável.

"Foi um ataque deliberado e covarde contra londrinos e turistas de nossa cidade que desfrutavam do sábado à noite", disse.

O governo decidiu manter as eleições legislativas no país, que estão marcadas para quinta-feira (8). 

Theresa May afirmou que é preciso barrar as redes coordenadas por terroristas na internet - Xinhua - Xinhua
Theresa May afirmou que é preciso barrar as redes coordenadas por terroristas na internet
Imagem: Xinhua

"Estavam esfaqueando todo mundo"

Uma testemunha, Alex Shellum, disse à BBC que estava em um bar na London Bridge com amigos quando "uma mulher ferida entrou e pediu ajuda".

"Ela sangrava muito no pescoço, parecia que haviam cortado o seu pescoço. As pessoas tentaram estancar a hemorragia".

3.jun.2017 - Policiais e socorristas atendem vítimas de atentado na London Bridge - Daniel Sorabji/AFP Photo - Daniel Sorabji/AFP Photo
Policiais e socorristas atendem vítimas de atentado na London Bridge
Imagem: Daniel Sorabji/AFP Photo

Gerard, que também estava na área, disse à BBC que viu um homem dando pelo menos 10 facadas em uma jovem.

"Estavam esfaqueando todo mundo. Corriam e gritavam: 'Isto é por Alá!'", relatou.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aproveitou o atentado para pedir à Justiça de seu país que retire o bloqueio a seu decreto que pretende proibir a entrada no território americano de pessoas de certas nacionalidades.

"Precisamos da proibição de viajar como nível adicional de segurança!", escreveu no Twitter.