Netanyahu e Orban rejeitam acusações de antissemitismo de governo húngaro
Budapeste, 18 Jul 2017 (AFP) - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, elogiou nesta terça-feira (18) o apoio da Hungria a Israel em uma coletiva de imprensa com seu colega Viktor Orban, o qual rejeitou as críticas que tem recebido antissemitismo.
A primeira viagem de um líder israelense à Hungria desde a queda do comunismo em 1989 acontece em meio a uma polêmica, em razão de sua cruzada lançada por Budapeste contra o bilionário George Soros.
Na coletiva de imprensa, Netanyahu explicou que Orban o havia "tranquilizado sem equívocos" a respeito dessa polêmica e sobre as preocupações expressas pela comunidade judaica da Hungria, uma das maiores da Europa com 100.000 pessoas.
"A Hungria está na linha de frente na luta contra o antissionismo", considerou o premiê israelense em Budapeste, cidade natal de Theodor Herzl, pai do sionismo político. Ele também agradeceu a Orban por "estar ao lado de Israel nas instâncias internacionais".
Netanyahu se reunirá com parceiros neste país da Europa Central, dirigido por uma direita conservadora hostil à imigração muçulmana.
Os dois mandatos de Orban, no poder desde 2010, têm sido atormentados por desentendimentos com essa comunidade no país.
No final de junho, o primeiro-ministro provocou outra polêmica por elogiar a ação após a Primeira Guerra Mundial de Miklos Horthy, líder húngaro aliado dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
A oposição denuncia uma estratégia para atrair os eleitores do partido de extrema-direita Jobbik, principal adversário do poder.
"Nenhum governo fez tanto pela luta contra o antissemitismo na Hungria", garantiu o Executivo nos últimos dias.
- "Patriotas" -Ao lado de Netanyahu, Orban quis evitar ambiguidades nessas questões.
"O Governo húngaro conduz uma política de tolerância zero em relação ao antissemitismo", garantiu.
Houve apelos para o cancelamento da visita de Benjamin Netanyahu, e o embaixador de Israel em Budapeste lamentou "as tristes recordações, mas também o ódio e o medo" das mensagens contra Soros.
Desde o início do ano, Orban conduz uma série de ações para desacreditar o bilionário, acusado de "querer fazer dezenas de milhares de migrantes entrarem na Europa", subsidiando organizações de defesa dos direitos humanos.
De acordo com seus apoiadores, Soros promove uma sociedade liberal e progressista, ao dar suporte a inúmeras ONGs, enquanto seus críticos consideram-no um agitador que visa a desestabilizar governos por meio de grandes somas de dinheiro.
O mais recente capítulo dessa cruzada foi uma campanha com cartazes com o rosto de George Soros em todo o país, que provocou a ira da comunidade judaico-húngara. Esta passou, por sua vez, a acusar o governo de alimentar o antissemitismo, o que Budapeste rejeita.
"A visita de Benjamin Netanyahu pode ajudar Orban, pois dá crédito às alegações de que a campanha contra Soros não é antissemita", explicou à AFP o analista político húngaro Csaba Toth.
Esta campanha não deixou o governo israelense impassível. Israel acusa o bilionário de financiar ONGs de defesa dos direitos humanos que criticam a ocupação israelense dos territórios palestinianos.
Soros "desacredita governos democraticamente eleitos em Israel ao financiar organizações que difamam o Estado judeu e negam seu direito de defender", reagiu Israel.
O primeiro-ministro israelense também pode contar com o apoio do governo húngaro, dirigido por uma direita conservadora hostil à imigração muçulmana, baseada em questões de soberania e de identidade nacional.
Orban vê em seu homólogo "um grande patriota" e assegurou que o "sucesso está do lado dos patriotas, de quem coloca a identidade nacional e o interesse nacional em primeiro lugar".
A primeira viagem de um líder israelense à Hungria desde a queda do comunismo em 1989 acontece em meio a uma polêmica, em razão de sua cruzada lançada por Budapeste contra o bilionário George Soros.
Na coletiva de imprensa, Netanyahu explicou que Orban o havia "tranquilizado sem equívocos" a respeito dessa polêmica e sobre as preocupações expressas pela comunidade judaica da Hungria, uma das maiores da Europa com 100.000 pessoas.
"A Hungria está na linha de frente na luta contra o antissionismo", considerou o premiê israelense em Budapeste, cidade natal de Theodor Herzl, pai do sionismo político. Ele também agradeceu a Orban por "estar ao lado de Israel nas instâncias internacionais".
Netanyahu se reunirá com parceiros neste país da Europa Central, dirigido por uma direita conservadora hostil à imigração muçulmana.
Os dois mandatos de Orban, no poder desde 2010, têm sido atormentados por desentendimentos com essa comunidade no país.
No final de junho, o primeiro-ministro provocou outra polêmica por elogiar a ação após a Primeira Guerra Mundial de Miklos Horthy, líder húngaro aliado dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
A oposição denuncia uma estratégia para atrair os eleitores do partido de extrema-direita Jobbik, principal adversário do poder.
"Nenhum governo fez tanto pela luta contra o antissemitismo na Hungria", garantiu o Executivo nos últimos dias.
- "Patriotas" -Ao lado de Netanyahu, Orban quis evitar ambiguidades nessas questões.
"O Governo húngaro conduz uma política de tolerância zero em relação ao antissemitismo", garantiu.
Houve apelos para o cancelamento da visita de Benjamin Netanyahu, e o embaixador de Israel em Budapeste lamentou "as tristes recordações, mas também o ódio e o medo" das mensagens contra Soros.
Desde o início do ano, Orban conduz uma série de ações para desacreditar o bilionário, acusado de "querer fazer dezenas de milhares de migrantes entrarem na Europa", subsidiando organizações de defesa dos direitos humanos.
De acordo com seus apoiadores, Soros promove uma sociedade liberal e progressista, ao dar suporte a inúmeras ONGs, enquanto seus críticos consideram-no um agitador que visa a desestabilizar governos por meio de grandes somas de dinheiro.
O mais recente capítulo dessa cruzada foi uma campanha com cartazes com o rosto de George Soros em todo o país, que provocou a ira da comunidade judaico-húngara. Esta passou, por sua vez, a acusar o governo de alimentar o antissemitismo, o que Budapeste rejeita.
"A visita de Benjamin Netanyahu pode ajudar Orban, pois dá crédito às alegações de que a campanha contra Soros não é antissemita", explicou à AFP o analista político húngaro Csaba Toth.
Esta campanha não deixou o governo israelense impassível. Israel acusa o bilionário de financiar ONGs de defesa dos direitos humanos que criticam a ocupação israelense dos territórios palestinianos.
Soros "desacredita governos democraticamente eleitos em Israel ao financiar organizações que difamam o Estado judeu e negam seu direito de defender", reagiu Israel.
O primeiro-ministro israelense também pode contar com o apoio do governo húngaro, dirigido por uma direita conservadora hostil à imigração muçulmana, baseada em questões de soberania e de identidade nacional.
Orban vê em seu homólogo "um grande patriota" e assegurou que o "sucesso está do lado dos patriotas, de quem coloca a identidade nacional e o interesse nacional em primeiro lugar".
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