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Governo venezuelano fechou 49 veículos em 2017, diz sindicato

Jornalistas se protegem durante confrontos em Caracas, capital venezuelana - Juan Barreto/ AFP
Jornalistas se protegem durante confrontos em Caracas, capital venezuelana Imagem: Juan Barreto/ AFP

26/08/2017 20h48

Pelo menos 49 veículos de comunicação foram fechados pelo governo da Venezuela em 2017, denunciou neste sábado (26) o principal sindicato de jornalistas do país durante um protesto contra o fechamento de duas emblemáticas emissoras de rádio.

"Registramos o fechamento de 49 veículos de comunicação, a maioria emissoras de rádio, incluindo canais de televisão por assinatura como os casos da RCN e da Caracol", declarou o secretário-geral do Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa (SNTP, na sigla em espanhol), Marco Ruiz.

Um grupo de jornalistas protestou em Caracas contra a decisão da Conatel (Comissão Nacional de Comunicações) de tirar do ar as emissoras caraquenhas 92.9 FM e Mágica 91.1 FM, com quase 30 anos de história.

Segundo Ruiz, o governo de Nicolás Maduro promove "uma política sistemática de encurralamento e asfixia de espaços para o exercício da livre expressão, o exercício da crítica e o exercício da dissidência".

Para o SNTP, a medida é "arbitrária e violadora do devido processo".

"Vamos para uma escalada muito mais avançada em relação ao controle da opinião", advertiu a secretária-geral do CNP (Colégio Nacional de Jornalistas), Delvalle Canelón.

Na quarta (23), por disposição da Conatel, os canais colombianos Caracol e RCN foram excluídos da grade de programação das operadoras de televisão por assinatura no país.

Em fevereiro, o governo já havia cancelado o sinal da CNN em Espanhol e, em abril, do canal colombiano El Tiempo e do argentino Todo Noticias.