Governo e oposição da Venezuela discutem condições para presidenciais
Santo Domingo, 12 Jan 2018 (AFP) - O governo e a oposição da Venezuela celebraram nesta sexta-feira, em Santo Domingo, o segundo dia de uma nova rodada de diálogo, na qual discutem as condições para as eleições presidenciais deste ano.
O presidente Nicolás Maduro, que se disse disposto a dar "garantias plenas" para as eleições, informou que sua delegação apresentou nesta sexta uma proposta "avançada e crível".
"Espero que as deliberações da mesa de diálogo (...) tenham resultados verificáveis e rápidos", disse Maduro durante reunião da Alba em Caracas.
Já o deputado opositor Enrique Márquez, um dos principais enviados da Mesa da Unidade Democrática (MUD), declarou à AFP que o processo "vai lento" e sem progressos significativos.
O governo é representado por Jorge Rodríguez, ministro da Comunicação, e sua irmã Delcy, presidente da Assembleia Constituinte. A oposição enviou Márquez e os deputados Julio Borges e Luis Florido, entre outros.
A reunião, iniciada pouco antes do meio-dia na chancelaria, conta ainda com a presença do presidente da República Dominicana, Danilo Medina; o ex-chefe de governo espanhol José Luis Rodríguez Zapatero e representantes dos facilitadores Chile, México, Nicarágua, Bolívia, e San Vicente e Granadinas.
Na véspera, a Assembleia Constituinte convocou os maiores partidos da MUD - Vontade Popular, Primeiro Justiça e Ação Democrática - a se reinscreverem no poder eleitoral para poder disputar as eleições presidenciais.
Os três partidos se negaram a concorrer nas eleições municipais de dezembro, denunciando um sistema eleitoral "fraudulento".
- Processo complexo -O reconhecimento dos partidos e a renovação Conselho Nacional Eleitoral (CNE), acusado de servir ao governo, são pontos vitais para que o diálogo funcione, segundo a oposição.
O governo, por sua vez, exige que a oposição reconheça a Constituinte, e vários de seus funcionários garantiram que as eleições presidenciais serão realizadas com o mesmo poder eleitoral.
O chanceler dominicano, Miguel Vargas, se disse otimista na véspera: as partes "mostraram um grande compromisso com este diálogo, esperamos que se chegue a um acordo definitivo".
O papa Francisco advertiu na segunda-feira, no Vaticano, sobre a "crise política e humanitária cada vez mais dramática" do país petroleiro.
"A Santa Sé (...) deseja que se criem condições para que as eleições previstas durante o ano em curso consigam dar início à solução dos conflitos", disse Francisco. O Vaticano já foi mediador de um diálogo fracassado em Caracas em 2016
O presidente Nicolás Maduro, que se disse disposto a dar "garantias plenas" para as eleições, informou que sua delegação apresentou nesta sexta uma proposta "avançada e crível".
"Espero que as deliberações da mesa de diálogo (...) tenham resultados verificáveis e rápidos", disse Maduro durante reunião da Alba em Caracas.
Já o deputado opositor Enrique Márquez, um dos principais enviados da Mesa da Unidade Democrática (MUD), declarou à AFP que o processo "vai lento" e sem progressos significativos.
O governo é representado por Jorge Rodríguez, ministro da Comunicação, e sua irmã Delcy, presidente da Assembleia Constituinte. A oposição enviou Márquez e os deputados Julio Borges e Luis Florido, entre outros.
A reunião, iniciada pouco antes do meio-dia na chancelaria, conta ainda com a presença do presidente da República Dominicana, Danilo Medina; o ex-chefe de governo espanhol José Luis Rodríguez Zapatero e representantes dos facilitadores Chile, México, Nicarágua, Bolívia, e San Vicente e Granadinas.
Na véspera, a Assembleia Constituinte convocou os maiores partidos da MUD - Vontade Popular, Primeiro Justiça e Ação Democrática - a se reinscreverem no poder eleitoral para poder disputar as eleições presidenciais.
Os três partidos se negaram a concorrer nas eleições municipais de dezembro, denunciando um sistema eleitoral "fraudulento".
- Processo complexo -O reconhecimento dos partidos e a renovação Conselho Nacional Eleitoral (CNE), acusado de servir ao governo, são pontos vitais para que o diálogo funcione, segundo a oposição.
O governo, por sua vez, exige que a oposição reconheça a Constituinte, e vários de seus funcionários garantiram que as eleições presidenciais serão realizadas com o mesmo poder eleitoral.
O chanceler dominicano, Miguel Vargas, se disse otimista na véspera: as partes "mostraram um grande compromisso com este diálogo, esperamos que se chegue a um acordo definitivo".
O papa Francisco advertiu na segunda-feira, no Vaticano, sobre a "crise política e humanitária cada vez mais dramática" do país petroleiro.
"A Santa Sé (...) deseja que se criem condições para que as eleições previstas durante o ano em curso consigam dar início à solução dos conflitos", disse Francisco. O Vaticano já foi mediador de um diálogo fracassado em Caracas em 2016
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