Urbanização acelera no Haiti sem gerar riqueza, alerta BM
Porto Príncipe, 24 Jan 2018 (AFP) - A urbanização cresce no Haiti, mas este processo não está acompanhado de crescimento econômico, e as cidades estão cada vez mais ameaçadas por catástrofes naturais, apontou um relatório do Banco Mundial publicado nesta terça-feira (23).
Hoje, 64% dos haitianos vivem nas cidades, contra apenas um terço em 1996. Mas ao contrário da tendência mundial, no Haiti essa urbanização não acompanhou o crescimento da economia: o PIB por habitante caiu de 757 dólares em 1996 para 727 em 2013, destaca o documento.
"Houve um processo de urbanização muito rápido, de em média 5% ao ano, que não foi acompanhado por investimentos em infraestruturas que possam ser adequadas a este crescimento urbano", explicou Sameh Wahba, funcionário do Banco Mundial encarregado do tema de desenvolvimento urbano e territorial.
Um terço dos habitantes das cidades do país não têm acesso a água potável e dois terços precisam de saneamento.
A grande maioria dos que vivem nas cidades têm menos facilidades para acessar o mercado de trabalho do que aqueles que vivem no meio rural.
Três quartos dos haitianos que residem nas zonas urbanas não utilizam diariamente o sistema de transporte, que é caro e pouco funcional, revela o estudo.
O crescimento das cidades aumenta por outro lado a vulnerabilidade do país diante das catástrofes naturais.
"A maioria dos haitianos vive em casas que eles mesmos construíram, sem a supervisão técnica apropriada", detalha o relatório.
Além da ameaça sísmica que afeta 97% do território, o estudo aponta que 58% das zonas edificadas estão submetidas ao risco de inundação.
Frente a esses desafios, o BM preconiza que se concretizem investimentos nos serviços básicos e pede um esforço financeiro que somente poderá ser eficaz em nível local caso seja feita uma descentralização efetiva do sistema fiscal.
Hoje, 64% dos haitianos vivem nas cidades, contra apenas um terço em 1996. Mas ao contrário da tendência mundial, no Haiti essa urbanização não acompanhou o crescimento da economia: o PIB por habitante caiu de 757 dólares em 1996 para 727 em 2013, destaca o documento.
"Houve um processo de urbanização muito rápido, de em média 5% ao ano, que não foi acompanhado por investimentos em infraestruturas que possam ser adequadas a este crescimento urbano", explicou Sameh Wahba, funcionário do Banco Mundial encarregado do tema de desenvolvimento urbano e territorial.
Um terço dos habitantes das cidades do país não têm acesso a água potável e dois terços precisam de saneamento.
A grande maioria dos que vivem nas cidades têm menos facilidades para acessar o mercado de trabalho do que aqueles que vivem no meio rural.
Três quartos dos haitianos que residem nas zonas urbanas não utilizam diariamente o sistema de transporte, que é caro e pouco funcional, revela o estudo.
O crescimento das cidades aumenta por outro lado a vulnerabilidade do país diante das catástrofes naturais.
"A maioria dos haitianos vive em casas que eles mesmos construíram, sem a supervisão técnica apropriada", detalha o relatório.
Além da ameaça sísmica que afeta 97% do território, o estudo aponta que 58% das zonas edificadas estão submetidas ao risco de inundação.
Frente a esses desafios, o BM preconiza que se concretizem investimentos nos serviços básicos e pede um esforço financeiro que somente poderá ser eficaz em nível local caso seja feita uma descentralização efetiva do sistema fiscal.
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