Várias estudantes levadas pelo Boko Haram são resgatadas na Nigéria
Damaturu, Nigéria, 22 Fev 2018 (AFP) - Várias das estudantes desaparecidas esta semana na região nordeste da Nigéria após um ataque do grupo extremista Boko Haram contra sua escola foram resgatadas, anunciaram nesta quinta-feira autoridades locais.
"Algumas das 111 jovens desaparecidas em um colégio para meninas da cidade de Dapchi foram encontradas pelas forças nigerianas e levadas para um local seguro", afirmou Abdullahi Bego, porta-voz do governador do estado de Yobe.
O porta-voz não revelou um número exato de estudantes libertadas ou as circunstâncias em que elas conseguiram a liberdade, indicando apenas que "estavam atualmente sob a guarda do exército nigeriano".
De acordo com moradores ouvidos pela AFP, milicianos do grupo extremista nigeriano, fortemente armados, atacaram na segunda-feira a cidade de Dapchi. Eles atiraram para o alto e detonaram granadas.
Muitas estudantes e professoras fugiram pelo medo de sequestro, como o que aconteceu com as alunas de Chibok, no estado vizinho Borno, há quatro anos.
O anúncio do governo do estado de Yobe foi a primeira confirmação oficial do sequestro, Uma delegação do governo federal liderada pelo ministro da Defesa é esperada nesta quinta-feira em Dadchi.
Inuwa Mohammed, cuja filha Falmata, de 16 anos, está desaparecida, declarou ter "esperança e apreensão" após o resgate de algumas das jovens.
"Não sabemos quantas de nossas filhas foram encontradas e nenhum pai tem certeza que sua filha está entre elas", afirmou à AFP.
"Esperamos simplesmente que as meninas sejam trazidas para serem identificadas fisicamente pelos parentes. As hipóteses mais loucas estão circulando sobre o número", acrescentou.
Uma das meninas que conseguiu escapar dos extremistas, Aisha Yusuf Abdullahi, contou que várias de suas colegas escalaram o muro da escola, antes de entrarem em veículos estacionados no lado externo. Esses carros poderiam pertencer aos criminosos.
Uma fonte militar de Maiduguri, capital do estado de Borno, declarou à AFP que as meninas de Dapchi foram encontradas na "fronteira entre os estados de Yobe e Borno".
"As garotas foram abandonadas com o veículo. Ele parou de funcionar e os terroristas entraram em pânico com medo de serem perseguidos pelos soldados", acrescentou esta fonte.
"Nosso medo é que outras meninas tenham sido levadas, porque não havia um único carro (...) Apenas aquelas que estavam no veículo que quebrou tiveram sorte", acrescentou.
O presidente Muhammadu Buhari ordenou na quarta-feira à noite ao exército "de atuar imediatamente" e "informar da evolução da situação".
O grupo Boko Haram realiza desde 2009 uma insurreição violenta no nordeste da Nigéria, que deixou mais de 20.000 mortos e 2,6 milhões de deslocados.
Seus milicianos sequestraram milhares de pessoas, incluindo mulheres e crianças.
O sequestro de 276 estudantes em 2014 provocou uma onda de indignação mundial.
abu-phz/cl/jlb/mr
"Algumas das 111 jovens desaparecidas em um colégio para meninas da cidade de Dapchi foram encontradas pelas forças nigerianas e levadas para um local seguro", afirmou Abdullahi Bego, porta-voz do governador do estado de Yobe.
O porta-voz não revelou um número exato de estudantes libertadas ou as circunstâncias em que elas conseguiram a liberdade, indicando apenas que "estavam atualmente sob a guarda do exército nigeriano".
De acordo com moradores ouvidos pela AFP, milicianos do grupo extremista nigeriano, fortemente armados, atacaram na segunda-feira a cidade de Dapchi. Eles atiraram para o alto e detonaram granadas.
Muitas estudantes e professoras fugiram pelo medo de sequestro, como o que aconteceu com as alunas de Chibok, no estado vizinho Borno, há quatro anos.
O anúncio do governo do estado de Yobe foi a primeira confirmação oficial do sequestro, Uma delegação do governo federal liderada pelo ministro da Defesa é esperada nesta quinta-feira em Dadchi.
Inuwa Mohammed, cuja filha Falmata, de 16 anos, está desaparecida, declarou ter "esperança e apreensão" após o resgate de algumas das jovens.
"Não sabemos quantas de nossas filhas foram encontradas e nenhum pai tem certeza que sua filha está entre elas", afirmou à AFP.
"Esperamos simplesmente que as meninas sejam trazidas para serem identificadas fisicamente pelos parentes. As hipóteses mais loucas estão circulando sobre o número", acrescentou.
Uma das meninas que conseguiu escapar dos extremistas, Aisha Yusuf Abdullahi, contou que várias de suas colegas escalaram o muro da escola, antes de entrarem em veículos estacionados no lado externo. Esses carros poderiam pertencer aos criminosos.
Uma fonte militar de Maiduguri, capital do estado de Borno, declarou à AFP que as meninas de Dapchi foram encontradas na "fronteira entre os estados de Yobe e Borno".
"As garotas foram abandonadas com o veículo. Ele parou de funcionar e os terroristas entraram em pânico com medo de serem perseguidos pelos soldados", acrescentou esta fonte.
"Nosso medo é que outras meninas tenham sido levadas, porque não havia um único carro (...) Apenas aquelas que estavam no veículo que quebrou tiveram sorte", acrescentou.
O presidente Muhammadu Buhari ordenou na quarta-feira à noite ao exército "de atuar imediatamente" e "informar da evolução da situação".
O grupo Boko Haram realiza desde 2009 uma insurreição violenta no nordeste da Nigéria, que deixou mais de 20.000 mortos e 2,6 milhões de deslocados.
Seus milicianos sequestraram milhares de pessoas, incluindo mulheres e crianças.
O sequestro de 276 estudantes em 2014 provocou uma onda de indignação mundial.
abu-phz/cl/jlb/mr
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso do UOL.