Ministros alemão, austríaco e italiano formam eixo contra imigração ilegal
Berlim, 13 Jun 2018 (AFP) - O chanceler austríaco, Sebastian Kurz, anunciou nesta quarta-feira (13) a criação de um "eixo de voluntários" entre os ministros austríaco, alemão e italiano do Interior para lutar contra a imigração ilegal, tema que divide profundamente os europeus.
Para a chanceler alemã, Angela Merkel, já criticada em seu país por sua política de asilo considerada muito generosa, este anúncio é um duro golpe em plena queda de braço com seu ministro do Interior, o bávaro ultraconservador Horst Seehofer.
Segundo alguns jornais locais, seu conflito em relação a um endurecimento da política migratória ameaça o frágil equilíbrio da coalizão da CDU, a direita bávara e os social-democratas.
Foi o chanceler austríaco, Sebastian Kurz, junto com Seehofer, na capital alemã, que anunciou "um eixo de voluntários na luta contra a imigração ilegal" com Roma e Berlim. Algo que não foi mencionado na véspera em uma entrevista coletiva junto com Merkel.
Esse eixo, um termo que forçosamente remonta à aliança fascista na Segunda Guerra Mundial, reunirá os ministros do Interior italiano, Matteo Salvini, e austríaco, Herbert Kickl, ambos de extrema-direita, com seu homólogo alemão.
"Me alegra a boa cooperação que desejamos construir entre Roma, Viena e Berlim" nesse âmbito, declarou Kurz em entrevista coletiva na capital alemã, acrescentando que, "na nossa opinião, precisamos de um eixo de voluntários na luta contra a imigração ilegal".
"Acho que é importante não esperar a catástrofe, como em 2015, e agir a tempo", completou.
Kurz se referia, com isso, ao fluxo migratório de 2015, quando centenas de milhares de solicitantes de asilo atravessaram a Europa a pé. Na ocasião, a chanceler Angela Merkel e seu colega austríaco da época abriram as portas de seus países àqueles imigrantes, em sua maioria originários de Síria, Iraque e Afeganistão.
Sebastian Kurz, de 31 anos, assumiu a Chancelaria no final de 2017 na Áustria, aliando-se à extrema-direita e apresentando um projeto particularmente anti-imigração, seu carro-chefe eleitoral.
Ainda segundo ele, "nosso principal objetivo é avançar na proteção das fronteiras externas" da União Europeia. Kurz compartilha ainda a ideia de criar centros de acolhida de imigrantes fora da UE. Também convocou o apoio de Holanda e Dinamarca.
Esse movimento surge em detrimento do projeto de Merkel de criar um sistema de asilo comunitário, a ser debatido na cúpula da UE no final de junho.
Nesse contexto confuso, Itália e Grécia, na linha de frente do fluxo de imigrantes, reclamam uma divisão mais igualitária da recepção dessas pessoas na UE. Merkel é favorável a essa política, mas a oposição dos países do Leste Europeu é feroz.
A isso, soma-se a disputa que explodiu entre Itália e França.
O ministro italiano do Interior e presidente da Liga (extrema-direita), Matteo Salvini, pediu que a França se desculpe de forma "oficial". Ontem, o presidente Emmanuel Macron criticou o "cinismo" e a "irresponsabilidade" de Roma, depois que a Itália se recusou a acolher o navio humanitário "Aquarius" com mais de 600 imigrantes a bordo. Agora, quem irá recebê-los não será a França, porém, e sim a Espanha.
Para a chanceler alemã, Angela Merkel, já criticada em seu país por sua política de asilo considerada muito generosa, este anúncio é um duro golpe em plena queda de braço com seu ministro do Interior, o bávaro ultraconservador Horst Seehofer.
Segundo alguns jornais locais, seu conflito em relação a um endurecimento da política migratória ameaça o frágil equilíbrio da coalizão da CDU, a direita bávara e os social-democratas.
Foi o chanceler austríaco, Sebastian Kurz, junto com Seehofer, na capital alemã, que anunciou "um eixo de voluntários na luta contra a imigração ilegal" com Roma e Berlim. Algo que não foi mencionado na véspera em uma entrevista coletiva junto com Merkel.
Esse eixo, um termo que forçosamente remonta à aliança fascista na Segunda Guerra Mundial, reunirá os ministros do Interior italiano, Matteo Salvini, e austríaco, Herbert Kickl, ambos de extrema-direita, com seu homólogo alemão.
"Me alegra a boa cooperação que desejamos construir entre Roma, Viena e Berlim" nesse âmbito, declarou Kurz em entrevista coletiva na capital alemã, acrescentando que, "na nossa opinião, precisamos de um eixo de voluntários na luta contra a imigração ilegal".
"Acho que é importante não esperar a catástrofe, como em 2015, e agir a tempo", completou.
Kurz se referia, com isso, ao fluxo migratório de 2015, quando centenas de milhares de solicitantes de asilo atravessaram a Europa a pé. Na ocasião, a chanceler Angela Merkel e seu colega austríaco da época abriram as portas de seus países àqueles imigrantes, em sua maioria originários de Síria, Iraque e Afeganistão.
Sebastian Kurz, de 31 anos, assumiu a Chancelaria no final de 2017 na Áustria, aliando-se à extrema-direita e apresentando um projeto particularmente anti-imigração, seu carro-chefe eleitoral.
Ainda segundo ele, "nosso principal objetivo é avançar na proteção das fronteiras externas" da União Europeia. Kurz compartilha ainda a ideia de criar centros de acolhida de imigrantes fora da UE. Também convocou o apoio de Holanda e Dinamarca.
Esse movimento surge em detrimento do projeto de Merkel de criar um sistema de asilo comunitário, a ser debatido na cúpula da UE no final de junho.
Nesse contexto confuso, Itália e Grécia, na linha de frente do fluxo de imigrantes, reclamam uma divisão mais igualitária da recepção dessas pessoas na UE. Merkel é favorável a essa política, mas a oposição dos países do Leste Europeu é feroz.
A isso, soma-se a disputa que explodiu entre Itália e França.
O ministro italiano do Interior e presidente da Liga (extrema-direita), Matteo Salvini, pediu que a França se desculpe de forma "oficial". Ontem, o presidente Emmanuel Macron criticou o "cinismo" e a "irresponsabilidade" de Roma, depois que a Itália se recusou a acolher o navio humanitário "Aquarius" com mais de 600 imigrantes a bordo. Agora, quem irá recebê-los não será a França, porém, e sim a Espanha.
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