Após resistir, assassino de CEO é levado a NY e enfrentará novas acusações
Luigi Mangione, suspeito de matar o CEO da United Healthcare, chegou a Nova York na tarde desta quinta-feira (19) após desistir de contestar a transferência.
O que aconteceu
Mangione vai comparecer a um tribunal de Nova York para responder por quatro novas acusações federais: assassinato por uso de arma de fogo, duas acusações de perseguição e uma acusação de porte de arma de fogo. As informações são da BBC.
Pena de morte é possível no caso de acusações federais. Porém, a medida é considerada rara e acontece em acusações mais graves, como terrorismo.
Mangione também responde por terrorismo, mas essa é uma acusação do Estado de Nova York. Portanto, segundo a BBC, não há possibilidade de pena de morte no âmbito estadual.
Manifestantes se reuniram do lado de fora do tribunal federal para criticar as acusações contra o suspeito. Uma mulher carregava um cartaz com os dizeres "Luigi nos libertou", enquanto outro dizia que os lobistas das seguradoras "enchem os bolsos dos políticos".
Acusação de terrorismo
Luigi Mangione foi acusado pelo Gabinete do Procurador Distrital de Manhattan pelo crime na terça-feira (17). Ele foi acusado de assassinato em primeiro grau.
Essa classe de crimes é a mais severa entre os atentados contra a vida na Justiça dos Estados Unidos. Para que uma pessoa seja condenada por esse tipo de infração, precisa ter matado com intenção, ter premeditado e planejado o crime e/ou apresentar "negligência" com a vida humana. Caso condenado, Mangione pode pegar até prisão perpétua.
Suspeito de matar CEO ainda recebeu outras acusações. A Suprema Corte do Estado de Nova York indiciou Mangione com duas contagens de assassinato em segundo grau (uma delas considerando o crime como um "ato de terrorismo"); duas contagens de segundo grau de posse criminal de arma; quatro contagens de terceiro grau por posse criminal de arma; uma contagem de quarto grau por posse criminal de arma, e uma contagem de segundo grau por posse de instrumento forjado.
Mangione vai se declarar inocente, afirma advogado. Thomas Dickey aposta na presunção de inocência de seu cliente, e acredita que não há provas suficientes para condená-lo pela morte de Brian Thompson.
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