Mais de 750 migrantes são resgatados no litoral da Espanha
Tarifa, Espanha, 23 Jun 2018 (AFP) - Às vésperas de uma reunião de cúpula europeia sobre a crise migratória, 769 migrantes irregulares foram resgatados neste sábado na costa da Espanha, onde continuava o fluxo de chegadas, após a ancoragem do navio humanitário Aquarius há seis dias.
Conforme relatado no Twitter pelo Salvamento Marítimo, órgão ligado ao governo espanhol, 298 pessoas foram resgatadas na área do Estreito de Gibraltar a bordo de 17 embarcações.
Participaram da operação o dispositivo europeu Frontex de vigilância de fronteiras, e os resgatados desembarcaram nos portos andaluzes de Tarifa, Barbate e Algeciras.
Outros 342 migrantes foram resgatados no Mediterrâneo, entre o sul da Espanha e o norte do Marrocos, e 129 mais na costa da ilha de Gran Canaria, no Atlântico.
Os resgatados eram, em grande maioria, do Magreb e subsaarianos, embora também houvesse asiáticos, informou à AFP um porta-voz do Salvamento Marítimo. Entre eles havia menores, mulheres e bebês.
As chegadas de migrantes à Espanha a partir do norte da África continuavam, seis dias após a chegada a Valencia, no leste do país, das 630 pessoas socorridas em alto-mar pelo navio humanitário Aquarius, que tanto a Itália quanto Malta se recusaram a receber.
O caso Aquarius sacudiu diplomaticamente a Europa em relação à questão migratória. A Itália tem um novo governo, cujo ministro do Interior, o xenófobo de extrema direita Matteo Salvini, insiste em que os demais países da União Europeia devem cumprir seus compromissos de acolhida.
A fim de coordenar os esforços sobre este assunto e evitar novos transtornos, uma minirreunião de cúpula em Bruxelas foi convocada com urgência para o domingo, na qual 16 países devem participar.
Entre eles estão Itália, França, Alemanha, Áustria, Grécia, Malta e Espanha, com o seu novo primeiro-ministro, o socialista Pedro Sánchez, que tomou a iniciativa de acolher os imigrantes do Aquarius.
- Terceira porta de entrada pelo mar na União Europeia -
Para preparar a reunião, Sánchez reuniu-se hoje em Paris com o presidente francês, Emmanuel Macron, em sua primeira viagem ao exterior desde que assumiu o cargo, em 2 de junho.
Juntamente com Sánchez, Macron anunciou que propôs criar "centros fechados" em solo europeu onde "examinar rapidamente a situação" dos migrantes que chegarem, para saber quais podem "ter direito ao asilo" na UE e quais estarão sujeitos a serem devolvidos a seu país de origem.
Atualmente, a Espanha é a terceira porta de entrada para imigrantes ilegais por via marítima na União Europeia. A primeira entrada continua sendo a Itália e a segunda, a Grécia, com uma pequena margem sobre a Espanha.
De acordo com dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM) sobre o Mar Mediterrâneo, até agora este ano o número global de chegadas à UE caiu pela metade em comparação com o mesmo período de 2017.
Enquanto na Itália o fluxo caiu consideravelmente, triplicou na Espanha, onde 12.155 imigrantes em situação irregular chegaram entre 1º de janeiro e 20 de junho, segundo a OIM.
No mesmo período, um total de 292 imigrantes morreram em sua tentativa de alcançar a costa espanhola. O total no Mediterrâneo até 20 de junho foi de 960 mortos, menos da metade do registrado no mesmo período do ano passado (2.133).
pho-avl/acc/mr/lb
Conforme relatado no Twitter pelo Salvamento Marítimo, órgão ligado ao governo espanhol, 298 pessoas foram resgatadas na área do Estreito de Gibraltar a bordo de 17 embarcações.
Participaram da operação o dispositivo europeu Frontex de vigilância de fronteiras, e os resgatados desembarcaram nos portos andaluzes de Tarifa, Barbate e Algeciras.
Outros 342 migrantes foram resgatados no Mediterrâneo, entre o sul da Espanha e o norte do Marrocos, e 129 mais na costa da ilha de Gran Canaria, no Atlântico.
Os resgatados eram, em grande maioria, do Magreb e subsaarianos, embora também houvesse asiáticos, informou à AFP um porta-voz do Salvamento Marítimo. Entre eles havia menores, mulheres e bebês.
As chegadas de migrantes à Espanha a partir do norte da África continuavam, seis dias após a chegada a Valencia, no leste do país, das 630 pessoas socorridas em alto-mar pelo navio humanitário Aquarius, que tanto a Itália quanto Malta se recusaram a receber.
O caso Aquarius sacudiu diplomaticamente a Europa em relação à questão migratória. A Itália tem um novo governo, cujo ministro do Interior, o xenófobo de extrema direita Matteo Salvini, insiste em que os demais países da União Europeia devem cumprir seus compromissos de acolhida.
A fim de coordenar os esforços sobre este assunto e evitar novos transtornos, uma minirreunião de cúpula em Bruxelas foi convocada com urgência para o domingo, na qual 16 países devem participar.
Entre eles estão Itália, França, Alemanha, Áustria, Grécia, Malta e Espanha, com o seu novo primeiro-ministro, o socialista Pedro Sánchez, que tomou a iniciativa de acolher os imigrantes do Aquarius.
- Terceira porta de entrada pelo mar na União Europeia -
Para preparar a reunião, Sánchez reuniu-se hoje em Paris com o presidente francês, Emmanuel Macron, em sua primeira viagem ao exterior desde que assumiu o cargo, em 2 de junho.
Juntamente com Sánchez, Macron anunciou que propôs criar "centros fechados" em solo europeu onde "examinar rapidamente a situação" dos migrantes que chegarem, para saber quais podem "ter direito ao asilo" na UE e quais estarão sujeitos a serem devolvidos a seu país de origem.
Atualmente, a Espanha é a terceira porta de entrada para imigrantes ilegais por via marítima na União Europeia. A primeira entrada continua sendo a Itália e a segunda, a Grécia, com uma pequena margem sobre a Espanha.
De acordo com dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM) sobre o Mar Mediterrâneo, até agora este ano o número global de chegadas à UE caiu pela metade em comparação com o mesmo período de 2017.
Enquanto na Itália o fluxo caiu consideravelmente, triplicou na Espanha, onde 12.155 imigrantes em situação irregular chegaram entre 1º de janeiro e 20 de junho, segundo a OIM.
No mesmo período, um total de 292 imigrantes morreram em sua tentativa de alcançar a costa espanhola. O total no Mediterrâneo até 20 de junho foi de 960 mortos, menos da metade do registrado no mesmo período do ano passado (2.133).
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