Trudeau e Trump denunciam 'prisão arbitrária' de canadenses na China
Ottawa, 8 Jan 2019 (AFP) - O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, denunciaram nesta segunda-feira a "prisão arbitrária" de dois canadenses na China, e exigiram de Pequim sua libertação, revela um comunicado transmitido por Ottawa.
Os dois líderes analisaram ainda "o pedido de extradição que os Estados Unidos fizeram ao Canadá" de Meng Wanzhou, diretora financeira do gigante chinês de telecomunicações Huawei, detida em Vancouver em 1° de dezembro a pedido de Washington.
Trump e Trudeau "reafirmaram a importância de se respeitar a independência judicial e a primazia do direito neste caso", destaca o comunicado divulgado pelo gabinete do premier canadense.
As autoridades chinesas detiveram em 10 de dezembro - por atividades que "ameaçam a segurança nacional" - o ex-diplomata canadense Michael Kovrig, membro do grupo de análise International Crisis Group, e o assessor canadense Michael Spavor, que mantinha contatos frequentes com a Coreia do Norte.
"Os dois líderes concordaram em prosseguir com seus esforços visando obter a libertação" dos dois canadenses.
Numerosos observadores avaliam que a prisão dos dois canadenses foi uma medida de retaliação pela detenção de Meng, no Aeroporto de Vancouver, onde a funcionária chinesa estava em trânsito.
Washington acusa a executiva de violar as sanções americanas contra o Irã. Meng, filha do fundador da Huawei, está livre mas deve comparecer no início de fevereiro a um tribunal canadense, que analisa o pedido de extradição feito pelos EUA.
Trump e Trudeau conversaram ainda sobre "as próximas etapas relativas às tarifas impostas às importações de aço e alumínio" pelos Estados Unidos, consideradas "insultantes" pelo Canadá.
sab/seb/lr
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