EUA pedem que europeus reconheçam Guaidó como presidente da Venezuela
Washington, 1 Fev 2019 (AFP) - Os Estados Unidos pediram nesta quinta-feira (31) aos países europeus que sigam seu exemplo e reconheçam rapidamente o líder do Parlamento venezuelano Juan Guaidó como presidente interino do país.
"Nós encorajamos todos os governos da Europa a apoiar o povo da Venezuela e o governo de transição na Venezuela reconhecendo Juan Guaidó como presidente interino", disse a secretária de Estado para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Kimberly Breier.
Breier observou que mais de 20 países já reconheceram Guaidó, que se declarou presidente interino após a Assembleia Nacional (parlamento) declarar como "usurpador" o presidente Nicolás Maduro.
"Estamos muito animados com a resolução aprovada pelo Parlamento Europeu para reconhecer Juan Guaidó como presidente interino", disse a autoridade.
Washington reconheceu a autoridade do líder da oposição após sua autoproclamação em 23 de janeiro.
Breier se reuniu nesta quinta-feira com Carlos Vecchio, encarregado de negócios da Venezuela nos Estados Unidos indicado por Guaidó, e Julio Borges, indicado pela oposição como delegado do Grupo Lima, um fórum de 14 países criado em agosto de 2017 para promover uma solução pacífica para a crise na Venezuela.
"Realizamos uma reunião de trabalho com o Secretário de Estado Adjunto para Assuntos do Hemisfério Ocidental @WHAAsstSecty para articular medidas de pressão sobre a liderança militar e coordenar as próximas ações com o Grupo Lima", disse Borges.
O Grupo Lima se reunirá em Ottawa na segunda-feira. Onze dos 14 países do fórum, que incluem países da América Latina e Canadá, reconheceram Guaidó, com exceção de México, Guiana e Santa Lúcia.
Sob a pressão de Espanha, Alemanha e França, dispostas a reconhecer Guaidó, a União Europeia lançou um ultimato a Maduro para que aceite nos "próximos dias" eleições livres.
O reconhecimento da Eurocâmara, que tem poderes muito limitados na política externa, veio logo antes de uma reunião de chanceleres europeus em Bucareste, que deverá abordar a resposta ao seu ultimato.
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