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Jornalistas da agência espanhola Efe detidos na Venezuela serão deportados

31.jan.2019 - O cônsul adjunto da Espanha em Caracas, Julio Navas, acompanha a saída dos jornalistas da agência Efe Gonzalo Domínguez, Maurén Barriga e Leonardo Muñoz - Miguel Gutiérrez/Efe
31.jan.2019 - O cônsul adjunto da Espanha em Caracas, Julio Navas, acompanha a saída dos jornalistas da agência Efe Gonzalo Domínguez, Maurén Barriga e Leonardo Muñoz Imagem: Miguel Gutiérrez/Efe

31/01/2019 14h42

Três repórteres da agência Efe que haviam sido detidos na Venezuela foram libertados nesta quinta-feira (31) e serão deportados nas próximas horas, informou o meio de comunicação espanhol.

"Os três repórteres da Agência Efe detidos na Venezuela, o espanhol Gonzalo Domínguez Loeda e os colombianos Maurén Barriga Vargas e Leonardo Muñoz, estão em processo de deportação", assinalou a agência no Twitter.

Dois jornalistas franceses, Pierre Caillé e Baptiste des Monstiers, do canal televisivo TMC, permanecem detidos desde terça-feira, enquanto dois comunicadores chilenos foram deportados na noite de quarta-feira.

Sem mencionar as detenções, o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, disse que jornalistas estrangeiros entraram no país "sem cumprir previamente com a respectiva solicitação de permissão de trabalho" nos consulados.

"É incomum e irresponsável que meios de comunicação enviem jornalistas sem cumprir os requisitos mínimos prévios exigidos pela lei venezuelana para depois criar um escândalo midiático ao qual se somam seus governos. Outra faceta da operação midiática contra o país", escreveu Arreaza no Twitter nesta quinta-feira.

Os repórteres da Efe, que entraram na Venezuela em 24 de janeiro para cobrir a crise política, foram presos na quarta-feira junto com um motorista venezuelano.

Barriga e Domínguez estavam em poder de agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) que os aguardavam no hotel onde estavam hospedados, havia indicado à AFP a diretora da Efe na Venezuela, Nélida Fernández.

Segundo a agência, ao chegarem no Aeroporto Internacional Simón Bolívar de Maiquetía seus colaboradores "declararam o trabalho jornalístico que iriam realizar".

Arreaza disse que, para "evitar inconvenientes desnecessários", os meios de comunicação e as agências internacionais "devem realizar os trâmites indispensáveis nos consulados, antes de sua viagem ao país".