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Testemunha em caso de Berlusconi teria sido envenenada com substância radioativa

A modelo Imane Fadil, stripper que depôs contra Silvio Berlusconi, o acusou de ter pedido que uma stripper se fantasiasse de Ronaldinho Gaúcho durante uma festa "bunga-bunga" - Olivier Morin/AFP
A modelo Imane Fadil, stripper que depôs contra Silvio Berlusconi, o acusou de ter pedido que uma stripper se fantasiasse de Ronaldinho Gaúcho durante uma festa "bunga-bunga" Imagem: Olivier Morin/AFP

16/03/2019 09h11

A recente morte da ex-modelo Imane Fadil, uma testemunha no julgamento contra Silvio Berlusconi no caso de suas festas conhecidas como "bunga-bunga", está cercada de mistério, já que a mulher parece ter sido envenenada com substâncias radioativas, informou a imprensa italiana neste sábado.

Imane Fadil, de 33 anos, foi hospitalizada em 29 de janeiro perto de Milão (norte) e faleceu em 1º de março no mesmo estabelecimento, informou o procurador de Milão Francesco Greco, anunciando a abertura de uma investigação.

De acordo com o "Corriere della Sera", o hospital onde a mulher estava internada realizou testes para tentar entender a causa da deterioração de sua saúde.

O jornal, que cita fontes não identificadas, indica que os resultados ficaram prontos em 6 de março - cinco dias após a morte de Fadil - e revelavam "a presença de uma mistura de substâncias radioativas que normalmente não são encontradas no comércio".

Segundo Paolo Sevesi, advogado de Imane Fadil, ela confidenciou a ele "o medo de ter sido envenenada", afirma a agência da AGI.

Imane Fadil ficou conhecida quando testemunhou em 2012 no contexto do escândalo sexual e do julgamento de Rubygate sobre as festas "bunga-bunga" que o ex-líder do governo italiano Silvio Berlusconi organizava com jovens mulheres em sua residência em Arcore, nos arredores de Milão.

Imane Fadil explicou que na noite de sua primeira visita a Arcore, Berlusconi havia lhe dado um envelope de 2.000 euros, dizendo: "Não se sinta ofendida".

"Ela escreveu um livro que ela não conseguiu publicar e (...) e estava convicta de que uma seita satânica formada só por mulheres se reunia em Arcore", afirma o jornal "Il Fatto Quotidiano".