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Trump anula sanções contra Coreia do Norte por apreço a Kim Jong Un

11.jun.2018 - Presidente Donald Trump e o líder norte-coreano, Kim Jong-un - Saul Loeb/AFP
11.jun.2018 - Presidente Donald Trump e o líder norte-coreano, Kim Jong-un Imagem: Saul Loeb/AFP

22/03/2019 19h11

O presidente Donald Trump anunciou nesta sexta-feira o cancelamento das sanções impostas pelo departamento do Tesouro dos Estados Unidos contra duas empresas de navegação chinesas para reforçar a pressão internacional sobre a Coreia do Norte.

"Foi anunciado hoje, por parte do Tesouro dos Estados Unidos, que seriam agregadas sanções em grande escala contra a Coreia do Norte, mas ordenei a retirada destas sanções adicionais", disse Trump no Twitter.

Ao que parece, o presidente se referia às medidas anunciadas na quinta-feira que visavam duas empresas chinesas acusadas de ajudar a Coreia do Norte de driblar as sanções internacionais destinadas a pressionar Pyongyang para acabar com seu polêmico programa de armas nucleares.

Este era o primeiro sinal de pressão desde o encontro entre Trump e o líder norte-coreano, Kim Jong Un, em Hanói, há menos de um mês.

Trump, que já havia falado de "amor" pelo líder norte-coreano, parece manter a esperança de que a sólida relação pessoal entre os dois dê frutos.

"O presidente Trump gosta do presidente Kim e não acredita que novas sanções sejam necessárias", disse a porta-voz da Casa Branca Sarah Sanders.

Adam Schiff, legislador democrata que lidera o comitê de inteligência da Câmara de Representantes, criticou Trump por suspender as sanções "impostas ontem e defendidas por seu próprio assessor de segurança nacional, porque "ama" Kim".

"A ingenuidade tonta é muito perigosa. A grande incompetência e a desordem na Casa Branca estão se agravando", escreveu Schiff no Twitter.

A China se queixou das sanções argumentando que cumpre todas as resoluções da ONU, e manifestou sua oposição a "qualquer país que imponha sanções unilaterais e assuma uma jurisdição de longo alcance contra qualquer entidade chinesa baseado em suas próprias leis nacionais".