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Trump anuncia deportação de 'milhões' de imigrantes ilegais

17/06/2019 23h57

Washington, 18 Jun 2019 (AFP) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira que a agência de Imigração deportará "milhões" de estrangeiros que entraram no país de forma irregular, e que a Guatemala em breve firmará um acordo de 'terceiro país seguro'.

"Na próxima semana a ICE (Agência de Imigração e Controle de Alfândegas) vai iniciar o processo para tirar milhões de estrangeiros ilegais que encontraram formas ilícitas de entrar nos Estados Unidos", tuitou Trump.

O presidente também anunciou que a "Guatemala se está preparando para firmar um acordo de terceiro país seguro", que implica em acolher os solicitantes de asilo e evitar que façam o pedido nos Estados Unidos.

O anúncio ocorre após o departamento de Estado informar que condicionará a entrega de ajuda para El Salvador, Honduras e Guatemala à adoção de "ações concretas" por parte desses governos para reduzir o número de imigrantes que chegam aos Estados Unidos.

"Não vamos entregar novos fundos para programas destes países até que estejamos satisfeitos com as ações concretas tomadas pelos governos do Triângulo Norte [da América Central] para reduzir o número de emigrantes ilegais que vêm à fronteira com Estados Unidos", disse a porta-voz Morgan Ortagus.

Em março, o presidente americano, Donald Trump, indicou que estes três países não haviam impedido de forma efetiva a chegada de imigrantes aos Estados Unidos, e o Departamento de Estado confirmou a suspensão de fundos que o Congresso já havia atribuído a El Salvador, Honduras e Guatemala.

O presidente Trump fez da luta contra a imigração irregular uma prioridade de seu governo, embarcando em uma disputa com o Congresso para conseguir fundos para construir um muro na fronteira com o México que ajude a frear a chegada de pessoas.

Trump denunciou várias vezes como uma "invasão" as caravanas de emigrantes centro-americanos que tentam chegar aos Estados Unidos para fugir da pobreza e da violência.

O presidente ameaçou recentemente impor tarifas progressivas ao México se este não conseguisse frear os emigrantes. Após tensas negociações, o governo mexicano conseguiu uma trégua de 45 dias na que se comprometeu a mobilizar 6.000 elementos da Guarda Nacional em sua fronteira sul.

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