Ucrânia nega relação entre ajuda dos EUA e investigação sobre Biden a pedido de Trump
A Ucrânia negou nesta quinta-feira (14) qualquer relação entre a ajuda americana destinada à Ucrânia e um pedido de Donald Trump de investigar Joe Biden, seu rival potencial para a eleição presidencial de novembro de 2020, após as audiências públicas sobre o assunto no Congresso americano.
Os democratas suspeitam que Donald Trump abusou de seus poderes para fins pessoais, condicionando uma ajuda militar de 400 milhões de dólares destinada à Ucrânia e uma visita à Casa Branca do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky ao início de uma investigação sobre Biden e seu filho, Hunter, que trabalhou em uma companhia de gás ucraniana.
Fortalecidos por sua maioria na Câmara de Representantes, os democratas abriram no final de setembro uma investigação para armar um expediente de acusação ao presidente Trump, que denunciou uma "caça às bruxas".
Na quarta-feira, após seis semanas de audiências a portas fechadas, os democratas passaram a realizar audiências públicas no Congresso americano.
Sua testemunha principal, o diplomata americano William Taylor, afirmou nas audiências que o embaixador americano na União Europeia, Gordon Sondland, declarou em setembro que o desbloqueio dos recursos estava "condicionado" à abertura das investigações sobre Joe Biden.
"O embaixador Sondland não falou conosco, e muito menos comigo, de uma relação direta entre a assistência (americana) e as investigações", assegurou à imprensa nesta quinta-feira o chefe da diplomacia ucraniana Vadym Prystaiko.
"Nunca vi uma relação direta entre as investigações e a assistência militar", insistiu Prystaiko, citado pela agência Interfax-Ucrânia.
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