EUA participarão de investigação de queda de avião no Irã
A National Transportation Safety Board (NTSB), agência encarregada da segurança dos transportes nos Estados Unidos, participará da investigação sobre as causas da queda, na quarta-feira, de um Boeing ucraniano na região de Teerã, no Irã.
"A NTSB designou um representante acreditado para a investigação do acidente", disse a agência que investiga os acidentes do transporte.
A agência "continua monitorando a situação em torno do acidente e avalia seu nível de participação na investigação", que será liderada pelo Irã, acrescenta o comunicado publicado no Twitter.
"Não faremos qualquer especulação sobre as causas" do desastre aéreo, conclui a NTSB.
No acidente morreram as 176 pessoas a bordo, principalmente canadenses de origem iraniana, mas também afegãos, britânicos, suecos e ucranianos.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou nesta quinta-feira que dispõe de informações de que o avião ucraniano foi "derrubado" por um míssil iraniano.
O premier canadense, Justin Trudeau, também revelou ter elementos, de múltiplas fontes, que indicam que o avião foi derrubado por um míssil terra-ar iraniano".
O Irã solicitou ao Canadá que compartilhe sua informação sobre a queda do avião ucraniano.
Em um comunicado sobre "certas colocações de cenários duvidosos", o ministério iraniano das Relações Exteriores pediu ao Canadá que "compartilhe" as informações com a comissão de investigação criada no Irã e convidou a Boeing, fabricante da aeronave, a "participar" do processo.
"A República Islâmica do Irã começou sua investigação para identificar a causa da queda deste avião, com base nos padrões internacionais e nas regulamentações" da aviação civil internacional.
O Irã "convida a Ucrânia, como proprietária do avião, e a Boeing, como fabricante do avião, a participar da investigação", acrescenta o comunicado do ministério.
Teerã disse estar disposto a integrar na investigação especialistas de todos os países que perderam cidadãos na tragédia.
Ao apresentar as condolências do Irã às famílias das vítimas, a chancelaria pediu "a todos os governos que têm informações" sobre a tragédia que as compartilhem com o "comitê de investigação iraniano".
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