Plano de Trump para Oriente Médio viola Direito Internacional, diz Jimmy Carter
Washington, 30 Jan 2020 (AFP) — O ex-presidente americano Jimmy Carter, que formulou o primeiro acordo de paz árabe-israelense, considera que o plano de Donald Trump para acabar com o conflito entre Israel e a Palestina viola os princípios do Direito Internacional, comentou nesta quinta-feira (30).
"O novo plano dos Estados Unidos acaba com as perspectivas de se alcançar a paz entre israelenses e palestinos. Caso seja implementada, essa iniciativa arruinará a única solução a longo prazo possível para esse conflito, que é a solução dos dois estados", ressaltou o ex-presidente democrata, de 95 anos, dois dias depois do anúncio da proposta de Trump.
O plano de Trump "viola o Direito Internacional no que se refere à livre determinação, à aquisição de território à força, à anexação de territórios ocupados", acrescentou Carter.
O atual presidente propôs a criação de um Estado palestino sem o Vale do rio Jordão, dando a soberania da região a Israel, assim como outras áreas estratégicas, com uma capital relegada aos arredores de Jerusalém leste.
A liderança palestina recusa o plano e se nega a negociar sobre o assunto.
A administração de Trump defende o seu posicionamento quanto ao Estado judaico argumentando que as soluções anteriores baseadas no consenso internacional não conseguiram até hoje chegar à paz.
Durante o seu mandato, entre 1977 e 1981, Jimmy Carter fez parte desde o princípio de um dos raros avanços diplomáticos no Oriente Médio nas últimas décadas: os acordos de paz entre Egito e Israel concluídos em 17 de setembro de 1978, na residência presidencial de Camp David, sendo o primeiro tratado entre o Estado judaico e um país árabe.
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