Cinco neonazistas são presos nos EUA por ameaçar jornalistas e ativistas
O departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou hoje a prisão de cinco homens relacionados com o grupo neonazista Atomwaffen Division por ameaçar jornalistas e ativistas e realizar uma série de ataques chamados "swatting".
O ataque "swatting" consiste em fazer uma ligação de emergência falsa para a polícia para causar o envio de uma equipe tática "SWAT" (agentes de elite) para um endereço involuntário de terceiros, geralmente à noite. Em alguns casos, já ocorreram tiroteios e mortes após esses trotes.
Procuradores federais informaram em Alexandria, no estado da Virgínia, que prederam o fundador e ex-líder do Atomwaffen (que em alemão significa armas nucleares), John Cameron Denton, por ataques "swatting" contra um funcionário do governo federal, uma universidade de Virgínia e uma igreja local frequentada por negros.
Também planejou ações desse tipo contra o grupo de pesquisa jornalística ProPublica e um de seus repórteres em Nova York.
Denton, que de acordo com o Departamento de Justiça admitiu seu papel nos ataques a um investigador disfarçado, foi acusado de conspiração para cometer um crime contra os Estados Unidos e ameaças de lesões interestaduais.
Caso seja condenado, poderá cumprir até cinco anos na prisão.
Por sua vez, o escritório do departamento de Justiça em Seattle anunciou que prendeu outras quatro pessoas relacionadas ao Atomwaffen por acusações de conspiração para fazer ameaças contra jornalistas e ativistas, particularmente contra judeus e membros de minorias étnicas.
Os quatro detidos são: Cameron Brandon Shea, de 24 anos, de Redmond, Washington; Kaleb Cole, 24 anos, de Montgomery, Texas; Taylor Ashley Parker-Dipeppe, de 20, de Spring Hill, Florida, y Johnny Roman Garza, 20, de Queen Creek, Arizona.
As acusações estabelecem que eles conspiraram juntos por meio de um serviço de bate-papo eletrônico criptografado para identificar seus objetivos e que enviaram cartas ameaçadores às vítimas.
"Esses acusados tentaram semear medo e terror com ameaças direcionadas àqueles que criticam suas atividades", disse o procurador-geral dos Estados Unidos, Brian Moran.
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