Israel bombardeia Faixa de Gaza após lançamento de balões incendiários
O exército israelense anunciou nesta quinta-feira (noite de quarta, 19, no Brasil) que realizou novos bombardeios contra posições do Hamas na Faixa de Gaza, em represália ao lançamento de balões incendiários, apesar dos esforços do Egito para tentar reduzir as tensões entre os dois lados.
Israel bombardeou a Faixa de Gaza quase todas as noites desde 6 de agosto em resposta ao lançamento de balões incendiários, ou inclusive disparos de foguetes, do enclave palestino contra o território israelense.
Os israelenses reforçaram, ainda, o bloqueio a Gaza, em vigor há mais de uma década, proibindo aos pescadores do enclave saírem ao mar e fechando a única passagem de mercadorias entre Gaza e Israel, o que freou o abastecimento de combustíveis e contribuiu com o fechamento completo na terça-feira da única central elétrica deste território palestino.
Na madrugada desta quinta-feira, o Exército israelense anunciou em um curto comunicado que seus "tanques dispararam contra postos militares do Hamas", partido no poder no enclave, na Faixa de Gaza, depois do lançamento de "balões incendiários" a partir do território em direção a Israel.
Estas trocas de tiros ocorrem após a visita a Gaza e Israel de uma delegação do Egito, país árabe fronteiriço com este território palestino que assinou a paz com o Estado hebreu em 1979, e atuou como intermediário no ano passado para a assinatura de uma trégua entre os dois lados.
Mas apesar desta trégua, que prevê em particular uma ajuda financeira mensal de 30 milhões de dólares, pagos pelo emirado do Catar a Gaza, Hamas e Israel se enfrentam esporadicamente.
Nos últimos meses, têm sido lançados foguetes e balões incendiários a Israel na tentativa de forçá-lo a permitir o trânsito deste dinheiro e tentar suspender o bloqueio.
A trégua também prevê o financiamento de projetos de desenvolvimento na Faixa de Gaza e a obtenção de permissões de trabalho em Israel para trabalhadores de Gaza, o que permitiria dar um pouco de oxigênio à economia neste território onde o desemprego beira os 50%, particularmente entre os jovens (65%).
Segundo fontes coincidentes consultadas pela AFP são estes temas e não tanto a ajuda do Catar que bloqueiam as negociações.
Os enfrentamentos destas duas últimas semanas causaram alguns feridos, mas não mortes, segundo fontes dos dois lados.
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