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Greenpeace denuncia 'inação' da França perante desmatamento na Amazônia

Ativista do Greenpeace usando uma máscara com o rosto de Emmanual Macron em protesto contra o desmatamento na Amazônia - RAPHAEL LAFARGUE/AFP
Ativista do Greenpeace usando uma máscara com o rosto de Emmanual Macron em protesto contra o desmatamento na Amazônia Imagem: RAPHAEL LAFARGUE/AFP

Da AFP, em Paris

27/08/2020 08h02

Militantes do Greenpeace protestaram hoje em diferentes lugares simbólicos da França para denunciar a "inação" e o "silêncio" do governo diante dos incêndios na Amazônia.

Uma grupo de ativistas — um deles usando uma máscara do presidente Emmanuel Macron — espalhou árvores de papelão e uma faixa com a mensagem "Amazônia em chamas, Macron continua cúmplice", em frente à sede do Ministério da Transição Ecológica em Paris.

Ações semelhantes aconteceram diante do Ministério da Agricultura e da Torre Eiffel, bem como perante 17 órgãos administrativos franceses, relatou o Greenpeace.

A ONG denunciou a "inação" de Paris diante do desmatamento, causado principalmente por incêndios para uso da terra para pecuária e agricultura. A organização também lançou uma petição on-line para pressionar o governo sobre o tema.

Em agosto de 2019, Macron afirmou que a França era "parcialmente cúmplice" desse flagelo, em função do chamado "desmatamento importado", ao importar, por exemplo, soja cultivada na Amazônia para a pecuária.

"Desde então, nada foi feito para acabar com a responsabilidade da França pela destruição irreversível da maior floresta tropical do mundo", denunciou a gerente de campanha do Greenpeace França, Cécile Leuba, criticando "a inação e o silêncio do governo contra a catástrofe climática e ambiental que vive a Amazônia".