Topo

Esse conteúdo é antigo

'Temos que tirar os filhos deles': nova polêmica por política migratória de Trump

3.out.2020 - O presidente Donald Trump em um gabinete improvisado no hospital militar Walter Reed, em Maryland - 3.out.2020 - Reprodução/Twitter/IvankaTrump
3.out.2020 - O presidente Donald Trump em um gabinete improvisado no hospital militar Walter Reed, em Maryland Imagem: 3.out.2020 - Reprodução/Twitter/IvankaTrump

07/10/2020 19h20

A política migratória do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de separação de famílias de migrantes, implementada em 2018, voltou à tona nesta quarta-feira (7) em sua campanha eleitoral, após a publicação de uma reportagem no New York Times, segundo a qual o então procurador-geral teria ordenado "tirar os filhos" dos imigrantes.

O jornal norte-americano publicou uma reportagem baseada em um rascunho do relatório do inspetor-geral do Departamento de Justiça, Michael E. Horowitz.

De acordo com a publicação baseada em notas de pessoas que estavam em uma reunião, o então procurador-geral Jeff Sessions disse aos procuradores do governo: "Temos que tirar os filhos deles".

Sessions - que chefiou o Departamento de Justiça em 2017 e 2018 - se distanciou da polêmica e afirmou em entrevista que o governo "nunca teve a intenção de fazer isso".

Em 2018, Trump decretou uma política de "tolerância zero" na fronteira com o México diante da crescente chegada de imigrantes em situação irregular, a maioria deles famílias da América Central fugindo da pobreza e da violência em seus países.

Esse plano envolvia a separação de cerca de 2.700 crianças de seus pais para coibir a imigração, mas diante da onda de indignação nos Estados Unidos e no exterior, o presidente decidiu suspender a sua aplicação.

Menos de um mês antes das eleições, o candidato democrata à Casa Branca, Joe Biden, gerou polêmica, dizendo que "as famílias fugiam da perseguição e da violência em busca de segurança".

"Em vez de lhes dar refúgio, o governo de Donald Trump tirou seus filhos deles", disse Biden no Twitter. "O objetivo era a crueldade", acrescentou.

O presidente do Comitê Nacional Democrata, Tom Perez, também entrou na polêmica, dizendo: "Não importa quantos anos passem, esses horrores vão contaminar nossa história".