UE adota sanções por envenenamento do opositor russo Navalny
A EU (União Europeia) concordou hoje em aplicar sanções contra seis pessoas e uma entidade pelo envenenamento do líder da oposição russa Alexei Navalny com uma substância do tipo Novichok — disseram fontes diplomáticas à AFP.
O trâmite judicial foi formalmente iniciado, e as medidas devem entrar em vigor na quinta-feira, quando as pessoas incluídas na lista de sanções serão formalmente identificadas, acrescentaram as fontes diplomáticas consultadas.
Na segunda-feira, durante uma reunião em Luxemburgo, os chanceleres dos 27 países da UE chegaram a um acordo político de princípio sobre o assunto, a pedido da França e da Alemanha.
Por este acordo, as sanções incluirão o congelamento de ativos que essas pessoas, ou entidades, possuam em território da UE, assim como restrições à obtenção de vistos para viajar para os países do bloco.
Um crítico ferrenho do governo de Vladimir Putin, Navalny, 44, adoeceu gravemente em 20 de agosto, enquanto viajava em um avião na Sibéria. No território, ele fazia campanha em nome de oponentes para as eleições locais e regionais.
Depois de ser tratado por alguns dias em um hospital siberiano, ele foi transferido para um centro especializado em Berlim e continua sua convalescença na capital alemã.
Há uma semana, França e Alemanha já haviam anunciado que se propunham a aplicar sanções a "pessoas consideradas responsáveis" pelo envenenamento. Vários países europeus pediram repetidamente à Rússia que investigasse o envenenamento.
Em um comunicado conjunto divulgado na sexta-feira passada, os ministros das Relações Exteriores de França e Alemanha lamentaram que Moscou não tenha apresentado "uma explicação confiável" para o que aconteceu.
A medida para punir a Rússia veio depois que a Opaq (Organização para a Proibição de Armas Químicas) confirmou as alegações de Alemanha, França e Suécia de que Navalny foi envenenado por um agente nervoso do grupo Novichok.
É o mesmo agente nervoso usado contra o ex-espião russo Sergei Skripal na Inglaterra, em 2018, um incidente que levou a UE a aplicar sanções a vários membros da Inteligência militar do Kremlin.
O alto representante da UE para as Relações Exteriores, o espanhol Josep Borrell, conversou por telefone com o chanceler russo, Sergei Lavrov, na quarta-feira, para discutir as repercussões do caso e a aplicação de sanções.
De acordo com um comunicado da UE, nessa conversa, Borrell disse que o governo russo deve fazer todo o possível para investigar o caso a fundo com total transparência.
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