Europa Oriental se junta ao bloqueio por nova onda de coronavírus
Vários países da Europa Oriental impuseram novas restrições neste sábado (24), seguindo o exemplo do resto do continente, onde a pandemia de covid-19 já deixa 10 mil mortos na Alemanha e mais de um milhão de infectados na França.
Em toda Europa foram registrados mais de 8,2 milhões de casos e mais de 258 mil mortes pelo coronavírus. Alemanha, um país relativamente pouco afetado até agora pela pandemia, foi atingida em cheio pela segunda onda e registra ao menos 10.003 óbitos.
A situação se agrava na Europa Oriental, onde Polônia, diante dos novos surtos de casos em seu território, passa neste sábado a ser "área vermelha", que até agora afetava apenas as grandes cidades e seus arredores. Além disso, seu presidente Andrzej Duda foi diagnosticado positivo pelo coronavírus.
Os restaurantes e escolas primárias serão parcialmente fechados e os estudantes do ensino médio e de universidades acompanharão as aulas à distância. Casamentos também estão proibidos e o número de pessoas em comércios, transportes e igrejas sofrerá uma redução.
Na Eslováquia, entra em vigor hoje um toque de recolher noturno, até 1º de novembro. Na República Tcheca, que nas duas últimas semanas registrou a pior taxa de contágios e mortes da Europa, foi instaurado um confinamento parcial até 3 de novembro.
A mesma medida será aplicada a partir deste sábado na Eslovênia, cujo ministro das Relações Exteriores Anze Logar também testou positivo para o coronavírus.
Na Grécia, as duas principais cidades, Atenas e Tessalônica, aplicarão um toque de recolher noturno a partir deste sábado e o uso de máscara será obrigatório em espaços internos e externos.
Segunda onda "pior que a primeira"
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou: "Muitos países" no Hemisfério Norte estão registrando um aumento exponencial de casos de covid-19, o que leva "hospitais e unidades de terapia intensiva (UTI) a operarem perto ou acima de sua capacidade".
Espanha, um dos países mais afetados pela pandemia com mais de 34.500 mortes, superou oficialmente o milhão de casos —embora o presidente Sánchez tenha estimado na sexta-feira que o número real "supera os três milhões".
O continente se fecha cada vez mais, com reconfinamentos, como é o caso da Irlanda e de Gales, no Reino Unido, ou confinamentos parciais.
As autoridades de saúde da França, que ontem superou o milhão de casos de covid-19 desde o início da pandemia e nas últimas 24 horas registrou um recorde de 42.032 novos casos, temem uma segunda onda "pior que a primeira" e contemplam reconfinamentos locais.
O governo prolongou o toque de recolher noturno (de 21h00 às 06h00) e, desde sexta-feira, 46 milhões de franceses já foram afetados por essa medida que durará seis semanas.
A Dinamarca anunciou um endurecimento de suas restrições às reuniões e o prolongamento do uso de máscaras a partir de segunda-feira.
Ensaios de vacina retomados
A pandemia deixa ao menos 1,1 milhão de mortos no mundo desde o final de dezembro, segundo um balanço realizado pela agência de notícias AFP na sexta-feira. Estados Unidos, o país com mais mortes do mundo, com mais de 223 mil óbitos e 8,4 milhões de casos, registrou um novo recorde de contágios, cerca de 80 mil em 24 horas.
Na América Latina e Caribe, onde há mais de 387 mil mortos e cerca de 10,8 milhões de casos, as restrições continuarão na Argentina por duas semanas para conter o avanço das infecções. "Estamos longe de resolver o problema", declarou na sexta-feira o presidente Alberto Fernández.
Em relação às pesquisas, dois ensaios experimentais de vacinas contra a covid-19 serão retomados nos Estados Unidos, após aparentes alarmes falsos, o que aumenta as possibilidades de ter uma ou várias vacinas autorizadas para o início de 2021.
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