Topo

Esse conteúdo é antigo

EUA congelam vistos de 100 funcionários da Nicarágua por repressão contra opositores

Presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, discursa durante a comemoração do 51º aniversário da campanha da guerrilha Pancasana em Manágua - INTI OCON / AFP
Presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, discursa durante a comemoração do 51º aniversário da campanha da guerrilha Pancasana em Manágua Imagem: INTI OCON / AFP

12/07/2021 14h57Atualizada em 12/07/2021 15h20

O Departamento de Estado dos Estados Unidos bloqueou, nesta segunda-feira (12), os vistos de 100 legisladores e funcionários do sistema judicial da Nicarágua e suas famílias, ao estimar que são cúmplices da campanha do governo de Daniel Ortega contra a oposição.

Segundo o Departamento, os que estão na lista "presumivelmente são responsáveis ou cúmplices de arruinar a democracia, incluindo aqueles com responsabilidade ou cumplicidade na repressão de protestos pacíficos ou no abuso dos direitos humanos".

O comunicado cita as prisões realizadas pelo governo de Ortega de 26 opositores políticos e ativistas da democracia.

Além disso, o Departamento de Estado dos EUA disse que foi incluído na lista quem apoiou as novas leis "repressivas" usadas para restringir a liberdade de expressão, a dissidência e a participação no processo político.

Na semana passada, o governo da Nicarágua prendeu cinco pessoas, entre elas um candidato à presidência e líderes de um movimento camponês, por supostamente ameaçarem a "soberania" do país, apoiando-se em uma lei impulsionada por Ortega e aprovada pelo Parlamento em dezembro.

A decisão desta segunda-feira inclui a revogação dos vistos americanos de quem já os possuía.

"Os Estados Unidos continuarão usando as ferramentas diplomáticas e econômicas à nossa disposição para impulsionar a libertação dos presos políticos e apoiar os pedidos dos nicaraguenses para uma maior liberdade, responsabilidade e eleições livres e justas", disse o Departamento de Estado.