Topo

Esse conteúdo é antigo

Jornais dos EUA pedem ajuda para jornalistas afegãos

Os combatentes do Taleban patrulham rua em Cabul após tomada do poder no Afeganistão - Wakil Kohsar/AFP
Os combatentes do Taleban patrulham rua em Cabul após tomada do poder no Afeganistão Imagem: Wakil Kohsar/AFP

17/08/2021 13h03Atualizada em 17/08/2021 13h03

Alguns dos mais importantes jornais dos Estados Unidos pediram ao governo de Joe Biden que os ajude a proteger os jornalistas afegãos que buscam escapar, enquanto os talibãs fortalecem seu controle sobre o país.

Os proprietários do Washington Post, New York Times e Wall Street Journal enviaram uma carta na segunda-feira (16) ao presidente Joe Biden pedindo ajuda aos jornalistas afegãos que trabalharam para jornais americanos.

"Nos últimos 20 anos, corajosos colegas afegãos trabalharam incansavelmente para ajudar o New York Times, Washington Post e Wall Street Journal a compartilharem com o público global notícias e informações sobre a região", diz a carta.

"Agora, esses colegas e suas famílias estão presos em Cabul e suas vidas correm perigo".

A carta pede ao governo americano para dar "acesso protegido" ao aeroporto de Cabul, sob controle dos Estados Unidos, e passagem segura para fora do país para os jornalistas e suas famílias.

O independente Comitê para a Proteção de Jornalistas apoiou o pedido e expressou sua preocupação com centenas de afegãos que colaboraram com jornais ocidentais.

"Os Estados Unidos têm uma responsabilidade especial com os jornalistas afegãos que criaram um espaço informativo próspero e vibrante e cobriram eventos em seu país para veículos internacionais", disse o diretor da CPJ, Joel Simon.

A CPJ confirmou casos de "cerca de 300 jornalistas que tentam ficar a salvo" e outras centenas que ainda estão em revisão.

Além disso, identificou "45 casos de alta prioridade de jornalistas afegãos para quem a ameaça do Talibã é clara e iminente", incluindo várias jornalistas mulheres "cujo histórico de cobertura sobre direitos das mulheres aumentou esse risco".

Apenas poucos jornalistas conseguiram obter vistos americanos, segundo o grupo independente com base nos Estados Unidos.