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Suprema Corte dos EUA manda Biden retomar programa migratório de Trump

Departamento de Segurança Nacional lamentou a decisão da Suprema Corte, mas disse que "cumprirá com a ordem" - Omar Martínez/picture alliance via Getty Images
Departamento de Segurança Nacional lamentou a decisão da Suprema Corte, mas disse que 'cumprirá com a ordem' Imagem: Omar Martínez/picture alliance via Getty Images

Em Washington (EUA)

25/08/2021 12h04Atualizada em 25/08/2021 12h07

A Suprema Corte dos Estados Unidos ordenou ontem a reativação de uma política migratória que obrigava os solicitantes de asilo a esperarem no México sua audiência nos tribunais, o que representa um forte revés para o presidente democrata Joe Biden.

Impulsionado pelo ex-presidente Donald Trump, o programa "Fique no México" permitiu que dezenas de milhares de solicitantes de asilo, em sua maioria da América Central, fossem enviados de volta para a fronteira com o México, à espera do resultado de seus processos de entrada.

O governo de Biden agiu rápido para começar a desmantelar e encerrar a controversa política, oficialmente denominada MPP (Protocolos de Proteção ao Migrante, na sigla em português).

Depois de passar por várias instâncias judiciais, o governo de Biden solicitou à Suprema Corte a suspensão da reinstalação do programa. Em uma breve ordem não assinada, o máximo tribunal disse que "a solicitação de suspensão [...] está negada".

Segundo o documento, os três juízes progressistas do tribunal, Stephen Breyer, Sonia Sotomayor e Elena Kagan, disseram que permitiriam a suspensão dessa norma. O caso, agora, pode ser levado a um nível judicial inferior em um tribunal de apelações.

O DHS (Departamento de Segurança Nacional, na sigla em português) de Biden disse que "lamenta que a Suprema Corte tenha se recusado a conceder uma suspensão", acrescentando que "enquanto continua o processo de apelação, no entanto, o DHS cumprirá com a ordem".

Grupos de proteção dos direitos dos imigrantes também rejeitaram a ordem da Suprema Corte.

A decisão do máximo tribunal que obriga o restabelecimento da política "Fique no México" é, "no mínimo, cruel", disse Yael Schacher, assessor jurídico para os Estados Unidos da organização Refugees International. "O governo Biden não deveria ver esta decisão como uma ordem".