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Presidente da Argentina renova gabinete após crise no governo

O governo de Fernández enfrentou nesta semana sua crise mais aguda, após as eleições primárias legislativas de domingo passado - Gabriel Bouys/Reuters
O governo de Fernández enfrentou nesta semana sua crise mais aguda, após as eleições primárias legislativas de domingo passado Imagem: Gabriel Bouys/Reuters

Em Buenos Aires

18/09/2021 07h56

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou um novo gabinete ontem, dando por superada a crise no governo que enfrentou com a vice, Cristina Kirchner, ao longo da semana, após a derrota eleitoral nas primárias legislativas.

Juan Manzur, governador da província de Tucumán e indicado pela vice-presidente, assumirá como chefe de gabinete, substituindo Santiago Cafiero, um dos funcionários mais questionados por Cristina, anunciou a presidência. Os novos ministros tomarão posse na próxima segunda-feira.

Cafiero foi nomeado novo chanceler, no lugar de Felipe Solá, que está no México para a reunião de cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), representando o presidente. Devido à crise, Fernández declinou da viagem ao México e de participar da Assembleia Geral da ONU na semana que vem, em Nova York.

Os novos ministros que entrarão no gabinete são Aníbal Fernández (Segurança), Julián Domínguez (Pecuária, Agricultura e Pesca), Juan Perzyck (Educação) e Daniel Filmus (Ciência e Tecnologia).

Também foi nomeado Juan Ross como secretário de Comunicação e Imprensa, substituindo Juan Pablo Biondi, que a vice-presidente havia rechaçado abertamente e acusado de organizar "operações em off".

O governo de Fernández enfrentou nesta semana sua crise mais aguda, após as eleições primárias legislativas de domingo passado, nas quais a coalizão Frente de Todos (peronismo de centro-esquerda) obteve apenas 31% dos votos em nível nacional. O resultado ameaça a maioria governista no Senado para as eleições parlamentares parciais de 14 de novembro e afastam a possibilidade de alcançá-la na Câmara dos Deputados, quando ainda restam dois anos de mandato Fernández-Kirchner.