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Autoridades sírias executam 24 pessoas por incêndios criminosos em 2020

Governo sírio executou 24 pessoas acusadas de provocarem incêndios florestais mortais no final do verão de 2020 - Hussein Malla
Governo sírio executou 24 pessoas acusadas de provocarem incêndios florestais mortais no final do verão de 2020 Imagem: Hussein Malla

21/10/2021 11h37Atualizada em 21/10/2021 12h30

O governo sírio executou 24 pessoas acusadas de provocarem incêndios florestais mortais no final do verão de 2020 - anunciou o Ministério da Justiça nesta quinta-feira (21).

Os 24 "criminosos" foram executados na quarta-feira (20), informou o Ministério em sua página do Facebook, sem dar mais detalhes.

Eles foram acusados de "terem cometido atos terroristas", ao atear fogo a materiais inflamáveis que "causaram mortes e destruíram a infraestrutura estatal e propriedade pública", completa o órgão.

Outras 20 pessoas, incluindo cinco menores, foram condenados a penas que variam de dez anos de reclusão à prisão perpétua.

Segundo o comunicado, os condenados "confessaram ter feito reuniões para planejar os incêndios e tê-los provocado".

Os incêndios devastaram as províncias de Latakia e Tartus, na costa do Mediterrâneo, e a de Homs, no centro do país.

Em setembro e outubro de 2020, estas regiões sofreram cerca de 187 queimadas florestais que afetaram 280 localidades. Deixaram pelo menos três mortos e dezenas de feridos, segundo veículos da imprensa oficial.

Este é um problema recorrente na Síria, assim como em outros países vizinhos, durante os períodos de calor intenso, principalmente no final do verão.

As autoridades suspeitam de que também possam ser causados por moradores, sobretudo, para estocar lenha antes do inverno para se aquecer.

De acordo com a Anistia Internacional, o governo sírio continua a usar o enforcamento como método de execução.

Em seu último relatório sobre sentenças de morte e execuções, publicado este ano, esta ONG de defesa dos direitos humanos destaca que pôde "corroborar informações que indicam que foram realizadas execuções na Síria em 2020". No mesmo documento, acrescenta, no entanto, não contar com informação suficiente "para divulgar um número mínimo confiável".