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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Após ameaça da Rússia, Suécia e Finlândia reafirmam seu direito de aderir à Otan

Bandeiras de países membros da Otan em frente à sede da organização em Bruxelas, na Bélgica - Francois Lenoir/Reuters
Bandeiras de países membros da Otan em frente à sede da organização em Bruxelas, na Bélgica Imagem: Francois Lenoir/Reuters

Da AFP

26/02/2022 15h30Atualizada em 26/02/2022 17h17

A Finlândia e a Suécia reafirmaram neste sábado (26) seu direito de ingressar na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) se assim desejarem, apesar de novas advertências da Rússia em meio à invasão da Ucrânia.

Na sexta-feira, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia alertou que uma adesão finlandesa ou sueca à Otan — que segundo os dois países nórdicos não está na agenda — "teria sérias repercussões militares e políticas".

Uma declaração nesse sentido da porta-voz do ministério, Maria Zakharova, circulou amplamente nas redes sociais e foi interpretada como uma ameaça de ataque militar em caso de adesão.

"Já ouvimos isso no passado", comentou o ministro das Relações Exteriores da Finlândia, Pekka Haavisto, na televisão pública Yle neste sábado.

Apesar da invasão russa da Ucrânia, tanto Helsinque quanto Estocolmo descartaram desde quinta-feira a ideia de um pedido expresso de adesão à aliança militar ocidental.

Mas desde o início da escalada da crise ucraniana, pediram garantias de que a porta permaneceria aberta. Os dois países não são oficialmente alinhados, embora sejam parceiros da Otan desde meados da década de 1990.

"Quero ser muito clara. É a Suécia que, sozinha e de forma independente, decide sua linha de segurança", declarou a primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson, em coletiva de imprensa na sexta-feira.

Mesmo antes da invasão, a crise ucraniana havia reaberto o debate sobre a Otan na Suécia e na Finlândia, onde a esquerda é tradicionalmente muito contra e a direita mais a favor.