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Coreia do Norte dispara míssil intercontinental e Seul responde

Um homem assiste uma notícia com imagem de arquivo de um míssil disparado pela Coreia do Norte - Jung Yeon-je/AFP
Um homem assiste uma notícia com imagem de arquivo de um míssil disparado pela Coreia do Norte Imagem: Jung Yeon-je/AFP

Do UOL, em São Paulo

24/03/2022 06h12Atualizada em 24/03/2022 08h13

A Coreia do Sul disparou uma série de mísseis hoje em resposta ao lançamento de um novo míssil balístico intercontinental (ICBM) da Coreia do Norte. Segundo o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, o país vizinho cometeu uma "violação".

É a primeira vez que Pyongyang lança uma arma tão potente desde 2017.

O míssil norte-coreano foi lançado por volta das 16h00 (4h00 em Brasília) a partir do distrito de Sunan, provavelmente o mesmo local em que aconteceu na semana passada um teste fracassado, e estabeleceu uma parábola de 6.200 quilômetros, indicou o Estado-Maior Conjunto de Seul.

De acordo com o vice-ministro da Defesa do Japão, Makoto Oniki, o míssil voou durante 71 minutos e caiu a 150 km ao oeste de sua costa norte, dentro da zona econômica exclusiva nipônica.

"Em resposta ao lançamento de um ICBM, nosso exército disparou em conjunto mísseis por terra, ar e mar a partir das 16h25 (4h25 de Brasília) em direção ao Mar do Japão", afirmou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul em um comunicado.

Foi uma violação da suspensão dos lançamentos de mísseis balísticos intercontinentais prometida pelo presidente Kim Jong Un. Isto representa uma grave ameaça à península da Coreia, à região e à comunidade internacional.
Presidente Moon Jae-in em comunicado

A Coreia do Norte suspendeu oficialmente os testes de longo alcance enquanto o Kim Jong Un participava em negociações de alto nível com o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Mas as conversações fracassaram em 2019 e estão paralisadas desde então.

EUA condena disparo de míssil norte-coreano

O governo dos Estados Unidos "condena com veemência" o disparo de um míssil balístico intercontinental por parte da Coreia do Norte e adotará "todas as medidas necessárias para garantir a segurança do território americano, da Coreia do Sul e Japão", afirma um comunicado divulgado pela Casa Branca.

O lançamento norte-coreano "é uma violação insolente de múltiplas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas e aumenta de maneira inútil as tensões" na região, reagiu a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, em um texto publicado no dia do encontro do presidente Joe Biden com os aliados dos Estados Unidos em Bruxelas.

Coreia do Norte testou 'míssil monstro' na semana passada

Apesar das duras sanções internacionais, a Coreia do Norte intensificou os esforços para modernizar as Forças Armadas e, na semana passada, testou o que, segundo analistas, seria um "míssil monstro", um novo ICBM de longo alcance. O projétil explodiu pouco depois do lançamento.

Pouco antes da declaração do presidente sul-coreano, o governo japonês anunciou que o projétil caiu na zona econômica exclusiva do Japão, ao oeste de sua costa norte.

"Nossa análise indica que o míssil balístico voou durante 71 minutos e às 15H44 (3H44 de Brasília) caiu nas águas da zona econômica exclusiva do Japão, no Mar do Japão, a 150 quilômetros da península de Oshima, na ilha de Hokkaido", afirmou o vice-ministro da Defesa, Makoto Oniki.

"No momento em que o mundo está lidando com a invasão russa da Ucrânia, a Coreia do Norte pressiona com lançamentos que agravam unilateralmente as provocações contra a comunidade internacional, o que é absolutamente imperdoável", disse Oniki, antes de informar que o ministério não recebeu relatos de danos em navios ou aeronaves.