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Ucrânia: bombardeio a teatro em Mariupol pode ter deixado até 300 mortos, diz prefeitura

Da AFP

25/03/2022 07h13Atualizada em 25/03/2022 11h13

O número de mortes no bombardeio russo de 16 de março contra o teatro da cidade ucraniana de Mariupol, onde estavam refugiadas centenas de pessoas, pode chegar a 300, afirmou a prefeitura nesta sexta-feira.

"Testemunhas têm informações de que até 300 pessoas faleceram no teatro de Mariupol após o bombardeio russo. Até o final nos recusamos a acreditar neste horror, queremos acreditar que todos saíram ilesos. Mas os depoimentos de quem estava dentro do prédio no momento do ato terrorista dizem o contrário", escreveu a prefeitura de Mariupol em sua conta no aplicativo Telegram.

Petro Andriuschenko, vereador de Mariupol, foi entrevistado pela AFP, mas não revelou detalhes sobre as afirmações da prefeitura. Ele disse que "mais informações devem ser reveladas até a noite de sexta-feira (horário local)".

O teatro, que fica no centro de Mariupol, foi atingido por um bombardeio em 16 de março.

A entrada do abrigo em que estavam centenas de pessoas, sobretudo mulheres, crianças e idosos, segundo a prefeitura, ficou bloqueada pelos escombros e as operações de resgate foram complicadas devido aos bombardeios incessantes.

A secretária ucraniana para os Direitos Humanos, Liudmila Denissova, afirmou em 17 de março que o refúgio dentro do teatro havia resistido ao bombardeio.

Há uma semana, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que mais de 130 pessoas foram resgatadas com vida, mas que centenas permaneciam sob os escombros.

A empresa americana de tecnologia Maxar, especializada em imagens de satélite, publicou em 16 de março uma fotografia do teatro, feita alguns dias antes, segundo a companhia. No chão era possível ler a palavra "crianças", escrita em russo, em grandes letras brancas, na frente e atrás do prédio.

Mais de 2.000 civis morreram em Mariupol desde o início da guerra, há um mês, de acordo com a prefeitura. Dezenas de milhares fugiram, mas Zelensky considera que 100.000 continuam bloqueadas na cidade portuária estratégica, localizada no Mar de Azov e cercada pela Rússia há várias semanas.