Bombardeios russos perturbam segurança relativa de Lviv, fronteira da Ucrânia com Polônia
Em um hotel do oeste da Ucrânia que hospeda várias famílias deslocadas, um trabalhador de limpeza varre cacos de vidro entre máquinas de lavar e varais, após o impacto de um míssil russo em uma garagem próxima durante o café da manhã.
Cinco mísseis russos caíram na cidade ucraniana de Lviv, no oeste do país, nesta segunda-feira (18), deixando sete mortos e oito feridos, segundo as autoridades locais.
Ao lado do hotel, pelo menos um míssil atingiu uma oficina mecânica em frente aos trilhos do trem na parte oeste da cidade. No quintal do estabelecimento, flocos de neve caíam sobre um mar de cacos de vidro.
Uma mulher, de aproximadamente 70 anos, contou que chegou ao hotel há poucas semanas, após se retirar da região de Luhansk, no leste da Ucrânia.
"Tínhamos acabado de comer, estávamos voltando aos nossos quartos, quando ouvimos a explosão", disse, sem especificar seu nome.
Lviv conseguiu se livrar de grande parte dos bombardeios que a Rússia promoveu em outros lugares do país desde que iniciou sua invasão, em 24 de fevereiro.
A cidade e seus arredores tornaram-se um refúgio de relativa paz para aqueles que fugiam dos combates no leste do país.
No primeiro andar do hotel, mulheres e crianças agasalhadas trocavam as malas de quarto em quarto, esperando novas recomendações e se deviam ou não trocar de lugar.
Quando as sirenes começaram a soar pouco antes das 8h00, disse Iryna, alguns não se importaram porque acreditavam que os avisos em Lviv não eram tão sérios como os emitidos nas regiões das quais fugiram.
Algumas centenas de metros adiante, ao lado de uma loja de pneus em chamas, os bombeiros observavam um buraco aberto no meio da rua, com vários corpos de carros carbonizados ao redor.
Funcionários municipais, vestidos com coletes laranja, limpavam os destroços dos dois lados dos trilhos do trem. Pouco depois do fim do segundo alarme de bombardeio, um trem passou lentamente sob os escombros.
Os passageiros, incluindo uma criança, observavam a situação enquanto jornalistas circulavam pelo local bombardeado.
Do outro lado da rua, o policial Orest Mazin esperava que seus colegas chegassem para inspecionar o carro de sua família, um Mercedes prateado.
Ele dirigia pelos trilhos do trem quando o míssil veio de repente e caiu nas árvores, explicou.
"Passou bem na minha frente", disse ele, ainda em choque. "Passou tão rápido que nem ouvi a explosão", acrescentou.
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