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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Rússia diz que mercenários israelenses combatem ao lado do batalhão ucraniano Azov

19.abr.22 - Militares ucranianos sentam em cima de um veículo de combate blindado, enquanto o ataque da Rússia à Ucrânia continua, em um local desconhecido no leste da Ucrânia - UKRAINIAN GROUND FORCES/REUTERS
19.abr.22 - Militares ucranianos sentam em cima de um veículo de combate blindado, enquanto o ataque da Rússia à Ucrânia continua, em um local desconhecido no leste da Ucrânia Imagem: UKRAINIAN GROUND FORCES/REUTERS

04/05/2022 06h35Atualizada em 04/05/2022 07h19

"Mercenários israelenses" lutam na Ucrânia ao lado do batalhão Azov, que Moscou classifica como "nazista", afirmou nesta quarta-feira a porta-voz do ministério russo das Relações Exteriores.

"Vou dizer algo que os políticos israelenses, sem dúvidas, não querem escutar, mas que talvez seja do interesse deles. Na Ucrânia, mercenários israelenses estão ao lado dos combatentes do Azov", disse Maria Zakharova em uma entrevista à rádio Sputnik.

Fundado em 2014 por militares de extrema-direita e integrado posteriormente às Forças Armadas ucranianas, o batalhão Azov é um dos adversários mais combativos das tropas russas, que iniciaram uma ofensiva militar na Ucrânia em 24 de fevereiro.

Os membros e outros combatentes ucranianos se recusam a entregar as armas no porto cercado de Mariupol (sudeste da Ucrânia), onde os últimos defensores da cidade estão entrincheirados na siderúrgica de Azovstal, alvo de um ataque russo desde terça-feira.

Para muitos ucranianos são heróis, mas na Rússia são apresentados como "fascistas" e "nazistas" que cometem abusos.

Ao afirmar que há israelenses lutando dentro do batalhão, Moscou alimenta a polêmica criada pelo ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, que afirmou no domingo que Adolf Hitler tinha "sangue judeu", uma teoria desmentida pelos historiadores.

A declaração provocou revolta em Israel, cujas autoridades a classificaram de "escandalosa, imperdoável e um horrível erro histórico".

Na terça-feira, o ministério russo das Relações Exteriores aumentou a polêmica ao acusar Israel de "apoiar o regime neonazista de Kiev".

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky é judeu.