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Rússia diz que candidaturas de Suécia e Finlândia à Otan são 'grave erro'

Vice-ministro de Relações Exteriores da Rússia diz que candidaturas de Suécia e Finlândi à Otan são "grave erro" - Reprodução
Vice-ministro de Relações Exteriores da Rússia diz que candidaturas de Suécia e Finlândi à Otan são 'grave erro' Imagem: Reprodução

16/05/2022 06h07Atualizada em 16/05/2022 08h59

As candidaturas de Suécia e Finlândia para integrar a Otan, em resposta à ofensiva russa contra a Ucrânia, são um "grave erro", afirmou o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Riabkov.

"É um grave erro adicional, cujas consequências terão um longo alcance", declarou o vice-ministro, segundo a agência de notícias Interfax.

Riabkov explicou que a resposta da Rússia "dependerá das consequências práticas da adesão" dos dois países nórdicos à Organização do Tratado do Atlântico Norte.

"Para nós, está claro que a segurança da Suécia e da Finlândia não será reforçada por esta decisão", afirmou antes de destacar que "o nível de tensão aumentará".

Kremlin: Adesão à Otan não melhora segurança na Europa

O Kremlin afirmou nesta segunda-feira (16) que uma adesão da Finlândia e Suécia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), como reação à ofensiva russa na Ucrânia, não vai melhorar a segurança na Europa.

"Não estamos convencidos de que a adesão de Finlândia e Suécia à Otan vai reforçar ou melhorar a arquitetura de segurança no nosso continente", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

"Este é um tema importante, que nos preocupa, e vamos observar com muito cuidado quais serão as consequências de uma adesão de Finlândia e Suécia à Otan, no que diz respeito à nossa segurança, que deve ser garantida de forma absolutamente incondicional", frisou.

O porta-voz observou que, em comparação com o que acontece na Ucrânia, a Rússia não tem disputas territoriais com a Finlândia, nem com a Suécia.

Suécia e Finlândia enviam candidaturas à Otan

No domingo, o Partido Social-Democrata que governa a Suécia aprovou a candidatura à Otan, poucas horas depois de o governo da Finlândia anunciar o desejo de aderir à organização, que a Rússia considera uma ameaça a sua existência.

Para Finlândia e Suécia, países que não entraram para a Aliança nem durante a Guerra Fria, a mudança de rumo é consequência da ofensiva russa contra a Ucrânia, pois Moscou é percebida como uma ameaça por seus vizinhos.

A Finlândia, em particular, compartilha 1.300 quilômetros de fronteira com a Rússia.

A Rússia justificou, entre outras alegações, a ofensiva contra a Ucrânia por sua aproximação da Otan e pelou apoio político, diplomático e militar da organização ao governo ucraniano. Moscou pretendia, desta maneira, afastar os ocidentais de suas fronteiras.

Os países da Aliança também estão fornecendo grandes quantidades de armas às forças ucranianas que lutam contra o exército russo há quase três meses.