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Arcebispo dos EUA proíbe Pelosi de comungar por defender o aborto

Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Estados Unidos - Getty Images
Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Estados Unidos Imagem: Getty Images

20/05/2022 20h10Atualizada em 20/05/2022 20h23

San Francisco, 20 Maio 2022 (AFP) - O arcebispo de San Francisco, Salvatore Cordileone, proibiu a presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, de receber a comunhão por defender o direito ao aborto, segundo carta do líder religioso conhecida nesta sexta-feira (20).

O arcebispo Cordileone expressou na carta que anteriormente havia pedido a Pelosi para "rejeitar publicamente sua defesa do 'direito' ao aborto ou se abster de fazer alusão à sua fé católica em público e receber a Santa Comunhão", ou seria excluída do acesso a este sacramento.

"Como você não rechaçou publicamente sua posição sobre o aborto e continua se referindo à sua fé católica para justificar sua posição e recebendo a Santa Comunhão, chegou a hora", escreveu o arcebispo.

"Estou, portanto, notificando que você não pode se apresentar à Santa Comunhão e que, se o fizer, não será admitida para recebê-la, até que repudie publicamente sua defesa da legitimidade do aborto e confesse e receba absolvição deste grave pegado no sacramento da Penitência", acrescentou.

Pelosi, católica por toda a vida da Califórnia, disse que trabalharia para aprovar uma lei confirmando o direito das mulheres ao aborto após o vazamento do esboço de uma decisão da Suprema Corte que pretendia anular a sentença Roe v. Wade de 1973, que garante o acesso a este procedimento em todo o país.

O gabinete de Pelosi não respondeu imediatamente ao pedido de comentários da AFP sobre a carta do arcebispo.

A Comunhão - rito no qual os fiéis comem pão e vinho consagrados por um sacerdote - é um ato central do dogma da Igreja católica.